Você é feliz no trabalho? Pesquisa propõe novo método de avaliação
Um estudo da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, considera o potencial da satisfação no trabalho e estima compensações; entenda
Um estudo da Universidade da Georgia (UGA), nos Estados Unidos, decidiu ir além da teoria dos diferenciais compensatórios e explorar o potencial da satisfação no trabalho. Os resultados foram apresentados na Revista de Economia e Gestão Ambiental em março.
Para desenvolver a relação entre satisfação no emprego, salários e ambiente de trabalho, um modelo empírico foi utilizado. A pesquisa considerou a gratificação geral para compreender os funcionários e localizar as compensações entre as condições de trabalho e a remuneração.
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“Pessoas que não são pagas o suficiente para compensar os riscos de trabalho que enfrentam podem aceitar outro emprego”, explica em nota Susana Ferreira, autora principal do estudo. “Se suas condições de trabalho forem maravilhosas, talvez aceitem um salário menor”.
“Deve haver mobilidade de mão de obra, mas observamos que frequentemente os piores empregos são também os que pagam menos, especialmente em mercados de trabalho que são muito inflexíveis”, completa.
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Você é feliz no trabalho? Conheça pesquisa sobre o assunto
O artigo analisou dados de quase 35 mil trabalhadores na Europa, incluindo empregos e setores diversos em 30 países. Entre os resultados, Ferreira e sua equipe notaram um padrão em como os funcionários se sentiam em relação aos trabalhos.
A média apresentada indicou que os trabalhadores com maiores riscos em sua área recebiam menos e revelou os preços para que determinadas condições fossem enfrentadas.
A compensação para que os colaboradores permaneçam satisfeitos em sua posição, considerando os riscos de saúde e segurança, seria de aproximadamente US$ 29 (cerca de R$ 166).
Para evitar dias de folga por acidentes no trabalho, por exemplo, um preço estimado foi de US$ 362 por ano (R$ 2.076).
“Se você puder descobrir a satisfação no trabalho, poderá estimar quanto mais terá que pagar aos seus trabalhadores para aceitar riscos maiores”, revela Ferreira.
A estimativa empírica do pagamento de amenidades de trabalho, segundo registrado na conclusão do estudo, “provou ser muito difícil”. Em seu apelo intuitivo, a produção propôs a questão de que, “se os salários são bons e os riscos de emprego são ruins, deve haver um trade-off entre eles em uma regressão salarial”.
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