Você entende seu cachorro? Estudo argumenta que nem sempre

Você entende seu cachorro? Estudo argumenta que nem sempre

Uma pesquisa da Arizona State University, nos Estados Unidos, indica que a percepção humana dos cachorros é influenciada por fatores externos

Sem um vocabulário em comum para identificar os desejos do amigo de quatro patas, as interações entre cachorros e seres humanos podem depender da linguagem corporal. Mas um estudo de pesquisadores da Arizona State University (ASU) indica que nem sempre a tentativa de compreensão funciona.

Publicada nessa segunda-feira, 10, no periódico "Anthrozoös”, do grupo Taylor & Francis, a pesquisa busca analisar a percepção humana em relação aos cães por meio de dois experimentos. Em seguida, propõe que a interpretação é influenciada por fatores externos aos pets.

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“Nosso objetivo era elucidar se as percepções dos humanos sobre as emoções de um cão eram diretamente influenciadas pelo próprio cão ou por outros aspectos do ambiente e da situação ao redor”, explica o artigo.

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Você entende seu cachorro? Saiba mais sobre o estudo

Nos experimentos, os pesquisadores examinaram como a presença ou ausência do contexto de fundo (uma parede, um tapete, uma pessoa, etc.) poderia influenciar os julgamentos dos participantes sobre o estado emocional do cachorro.

“As pessoas não olham para o que o cão está fazendo; em vez disso, elas olham para a situação ao redor do cão e baseiam sua percepção emocional nisso”, reflete uma das autoras do artigo, Holly Molinaro, em nota à universidade norte-americana.

As duas gravações incluíam o cachorro em situações consideradas positivas e outras negativas. Então, para o experimento com o público, apresentaram os vídeos com e sem o fundo visual.

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Em outra avaliação, os registros foram editados, de forma que um contexto feliz foi posicionado como uma situação infeliz e vice-versa.

“Em nosso estudo, quando as pessoas viram um vídeo de um cachorro aparentemente reagindo a um aspirador de pó, todos disseram que o cachorro estava se sentindo mal e agitado", disse Molinaro.

“Mas quando viram um vídeo do cachorro fazendo exatamente a mesma coisa, mas dessa vez parecendo reagir ao ver sua coleira, todos relataram que o cachorro estava se sentindo feliz e calmo”, acrescenta.

A pesquisadora reflete que as pessoas não estavam julgando as emoções do cachorro com base no comportamento do animal, mas na situação em que ele se encontrava no momento. “O primeiro passo é apenas estar ciente de que não somos tão bons em ler as emoções dos cães”, diz.

Você entende seu cachorro? Veja limitações do estudo

O estudo ainda apresenta suas limitações, uma delas por restrições éticas. Os estímulos para a indução de emoções negativas, por exemplo, foram “relativamente leves”, enquanto os vídeos gravados oferecem “múltiplas interpretações” que podem “influenciar as avaliações dos participantes”.

Outro aspecto para uma próxima pesquisa deve levar em consideração uma “amostra de participantes mais diversa e cães de diferentes morfologias e temperamentos”.

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