Joias de 2,6 mil anos são descobertas no maior templo do Egito
Tesouro inclui amuletos de ouro representando Amon, Khonsu e Mut; confira artefatos que representam deuses egípcios e quais eram suas funções
Arqueólogos descobriram um recipiente antigo contendo joias de ouro, amuletos e anéis no Templo de Karnak, no Egito. A coleção de artefatos, datada de 2.600 anos atrás, inclui uma estatueta representando Amon, Khonsu e Mut, uma tríade de deuses venerada na antiga Tebas. A descoberta foi anunciada pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.
O Templo de Karnak, construído há aproximadamente 4.000 anos, é um dos maiores e mais importantes complexos religiosos da história egípcia. Segundo o arqueólogo Abdelghaffar Wagdy, responsável pela escavação, a área onde as joias foram encontradas provavelmente abrigava instalações administrativas e de armazenamento do templo.
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Artefatos representam deuses egípcios e tinham função protetora
Entre os achados mais significativos está uma estatueta de ouro representando a família divina tebana:
- Amon, deus do vento e uma das divindades mais importantes do Egito Antigo
- Mut, esposa de Amon e protetora da cidade de Tebas, considerada a “mãe de todos os deuses”
- Khonsu, filho do casal, deus da lua e símbolo da passagem do tempo
Os arqueólogos acreditam que a estatueta e os amuletos eram usados no pescoço como proteção espiritual.
“A representação da Tríade Tebana no amuleto provavelmente simboliza a devoção à família divina de Amon, Mut e Khonsu”, explicou Wagdy.
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Símbolos do Olho de Rá e Hórus também foram encontrados
Além da estatueta, os arqueólogos encontraram amuletos wadjet, símbolos do Olho de Rá e do Olho de Hórus, considerados representações do poder de cura e renascimento.
“Um amuleto com esse formato era pensado para proteger seu portador e transferir o poder de regeneração para ele”, afirmou o especialista Justl, citado pelo portal Live Science.
Por que as joias estavam enterradas?
Os arqueólogos ainda não sabem exatamente o motivo que levou os artefatos a serem enterrados dentro de um recipiente no templo. Algumas hipóteses incluem:
- Parte de um ritual religioso, em que as joias foram oferecidas como doação ao templo
- Esconderijo durante períodos de conflito e instabilidade política, para evitar saques e roubos
- Depósito temporário dentro do tesouro do templo, uma prática comum na época
Essa descoberta reforça a importância do Templo de Karnak como um centro religioso e político da antiga civilização egípcia, além de fornecer novas pistas sobre as práticas religiosas e culturais da época.
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