Lâmpada permanece acesa por mais de um século e quebra recorde

Lâmpada permanece acesa por mais de um século e quebra recorde

Luz instalada em 1901 no quartel de bombeiros de Livermore, na Califórnia, mantém seu brilho fraco, mas constante, e se tornou símbolo local

Desde 1901, uma lâmpada incandescente segue brilhando no quartel de bombeiros nº 6 em Livermore, na Califórnia. Conhecida como Livermore Centennial Light, ela figura no Guinness World Records como a lâmpada em funcionamento há mais tempo no mundo.

Mesmo com apenas 4 watts de potência, sua luz continua acesa 24 horas por dia, mesmo um equipamento fabricado há mais de um século.

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Conforme publicado pelo Guinness World Records nesta sexta-feira, 7, ela foi instalada quando a energia elétrica ainda era uma inovação em muitas partes dos Estados Unidos, apenas duas décadas depois de Thomas Edison patentear sua famosa lâmpada incandescente.

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A lâmpada que nunca apagou: qual sua origem e como foi fabricada?

A lâmpada foi fabricada no final da década de 1890 pela Shelby Electric Company, em Shelby, Ohio, e doada ao Corpo de Bombeiros de Livermore-Pleasanton em 1901. Seu design foi criado pelo cientista francês Adolphe Chaillet e, originalmente, era uma lâmpada de filamento de carbono de 60 watts.

Na época de sua fabricação, ela era anunciada como a “Melhor lâmpada da Terra”. Embora hoje emita uma luz fraca, semelhante à de uma lâmpada noturna, sua resistência comprova a qualidade do material e do design utilizados.

Documentos antigos do Centennial Light Bulb Committee mostram que, em 1912, uma lâmpada semelhante custava 40 centavos, o equivalente a cerca de 13 dólares na inflação atual.

A lâmpada que nunca apagou: reconhecimento histórico ao longo dos anos

Durante décadas, os bombeiros viam a lâmpada apenas como mais um item do quartel, chegando até a tocá-la para dar sorte ou usá-la como alvo de bolas de nerf. Isso mudou nos anos 1970, quando sua idade foi descoberta. Desde então, a cidade passou a protegê-la, garantindo que sua luz continuasse brilhando.

A longevidade da lâmpada é atribuída a diversos fatores. Primeiro, ela foi fabricada à mão com materiais mais resistentes do que os usados atualmente. Além disso, como raramente foi desligada, evitou-se o estresse térmico causado pelas variações de temperatura ao acender e apagar.

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A lâmpada que nunca apagou: tem fonte de energia ininterrupta? Entenda

Ao longo do século XX, a lâmpada enfrentou poucas interrupções. A mais significativa ocorreu em 1976, quando precisou ser transferida para outro quartel. Na ocasião, recebeu uma escolta especial dos bombeiros e, ao chegar ao novo local, um eletricista foi designado para garantir que fosse reinstalada corretamente.

Outro episódio marcante aconteceu em 2013, quando a lâmpada foi encontrada apagada. Os fãs da Bulbcam — uma câmera que transmite ao vivo sua iluminação — notaram o problema e alertaram a comunidade. A causa foi identificada rapidamente: um cabo de extensão desconectado.

Após cerca de 10 horas, a lâmpada foi religada sem danos. Desde então, ela está conectada a uma fonte de energia ininterrupta para evitar apagões inesperados.

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Como a lâmpada que nunca apaga se tornou símbolo para a cidade?

O valor histórico da lâmpada levou a diversas comemorações ao longo dos anos. Em 2001, a cidade organizou uma grande festa para celebrar seu centenário, com churrasco comunitário e música ao vivo. Dez anos depois, em 2011, uma nova celebração marcou a impressionante marca de um milhão de horas acesas.

Mesmo estando em um quartel de bombeiros ativo, visitantes são bem-vindos para conhecer a lâmpada. Bombeiros locais têm orgulho de mostrar essa relíquia, que ao longo dos anos se tornou um símbolo de resistência e tradição para a cidade de Livermore.

Atualmente, sua luz fraca ainda ilumina os caminhões dos bombeiros durante a noite, servindo como um lembrete de continuidade para as gerações que passam pelo quartel. Para os moradores, a lâmpada centenária representa mais do que uma curiosidade histórica: é um pequeno ponto de luz que atravessou o tempo sem apagar.

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