Quadro comprado por US$ 50 pode ser um Van Gogh de R$ 88 milhões
Uma pintura comprada por menos de US$ 50 pode ser um Van Gogh perdido, avaliado em milhões. Especialistas investigam sua autenticidade há anos
19:48 | Jan. 30, 2025
Anos atrás, em uma venda de garagem em Minnesota, nos Estados Unidos, um colecionador de antiguidades comprou uma pintura de um pescador por menos de US$ 50 (cerca de R$ 300).
Agora, uma equipe de especialistas está convencida de que a obra pode ser um quadro até então desconhecido de Vincent van Gogh — e que pode valer milhões.
Se a pintura for, de fato, do pintor holandês, ela teria sido feita em 1889, ano em que o artista esteve internado em um asilo psiquiátrico no sul da França. Durante esse período, ele criou cerca de 150 pinturas, incluindo obras famosas como A Noite Estrelada e Amendoeira em Flor.
Pintura de Van Gogh: quadro estava perdido?
Caso essa pintura seja realmente de Van Gogh, ela seria a 151ª da série. A obra retrata um pescador usando um chapéu redondo, fumando um cachimbo e trabalhando em uma rede de pesca, tendo ao fundo o mar e a areia.
Alguns elementos característicos dos trabalhos de Van Gogh desse período podem ser observados na pintura, como o uso de pinceladas grossas. A barba branca do pescador se enrola sob seu queixo, parecendo quase uma faixa de espuma. No canto inferior direito, há a inscrição “Elimar”.
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Cerca de 20 especialistas, incluindo conservadores, cientistas e historiadores, têm trabalhado para determinar se a pintura descoberta foi realmente feita por Van Gogh.
Pintura de Van Gogh: quadro pode valer milhões
A empresa de pesquisa de arte LMI Group International, sediada em Nova York, comprou a pintura do colecionador de Minnesota em 2019 por um valor não revelado. Desde então, a obra tem sido analisada. Até agora, mais de US$ 30 mil já foram investidos na investigação para confirmar sua autenticidade.
Se a pintura for confirmada como um Van Gogh, seu valor pode ultrapassar US$ 15 milhões (cerca de R$ 88 milhões).
Maxwell Anderson, diretor de operações da empresa que atualmente detém o quadro, acredita que a inscrição “Elimar” no canto inferior direito pode ser uma pista crucial para comprovar a autoria da obra, conforme relatado pelo Wall Street Journal.
Van Gogh não assinava muitas de suas pinturas, portanto, a ausência da assinatura “Vincent” não é incomum. O LMI Group afirmou que o artista desta obra assinou com pinceladas semelhantes às que Van Gogh usou ao escrever “Emile Zola” na pintura de 1885, Natureza-morta com Bíblia.