Esmeralda ‘amaldiçoada’ de R$ 5,8 bi pode voltar ao Brasil; entenda

Após contrabando que a levou até a América do Norte, uma decisão no tribunal distrital dos Estados Unidos indica que a pedra preciosa pode ser devolvida

Desde a sua chegada nos Estados Unidos, por meio de exportação ilícita, a Esmeralda Bahia recebeu a fama de “amaldiçoada” nas terras norte-americanas. Agora, o objeto pode ser repatriado ao Brasil, seguindo sentença proferida na última quinta-feira, 21.

Anos antes da decisão realizada pelo juiz Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, conta-se que, ao desenterrarem a pedra preciosa, a equipe responsável por carregá-la pela floresta foi supostamente atacada por panteras (ou outro animal).

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Em 2017, a esmeralda recebeu uma reportagem sobre os rumores ligados à sua trajetória até os Estados Unidos. No projeto, desenvolvido pela revista Wired, destaca-se que a gema “pesa tanto quanto dois lutadores de sumô”.

O objeto é uma das maiores esmeraldas já descobertas no mundo e pesa aproximadamente 380 kg. Foi encontrada em 2001 em Pindobaçu, no norte da Bahia, e é avaliada em torno de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,8 bilhões).

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Esmeralda ‘amaldiçoada’ pode retornar ao Brasil: o que diz decisão

O Departamento de Justiça dos EUA deverá protocolar a decisão final de repatriação até o próximo dia 6 de dezembro. Em sua decisão, o magistrado esclarece que a ordem surtirá efeitos apenas contra os indivíduos que litigavam contra a posição brasileira na Corte de Columbia.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), a decisão está sujeita a recurso de apelação, ou seja, ainda pode suspender as providências de repatriação até nova decisão da Justiça americana. Enquanto isso, o objetivo segue sob a custódia da Polícia de Los Angeles (Califórnia/EUA).

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“Esta é uma vitória importantíssima para o Estado brasileiro, fruto do trabalho conjunto de cooperação da AGU com o MPF e o Ministério da Justiça”, declarou em nota o advogado-geral da União, Jorge Messias.

“Mais do que um bem patrimonial, a Esmeralda Bahia é um bem cultural brasileiro, que será incorporado ao nosso Museu Nacional no Rio de Janeiro”, explica.

A pedra chegou até os Estados Unidos com a utilização de documentos falsificados. Em 2017, dois acusados foram condenados pelo envio ilegal da esmeralda ao país estrangeiro.

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