Com calendários diferentes, ao menos 4 países do mundo ainda não chegaram em 2025
Etiópia, Coreia do Norte, e Afeganistão ainda não chegaram em 2025 por causa do calendário que cada país utiliza; Entenda
Adeus ano velho, feliz ano novo! Mas, será mesmo? O dia 1º de janeiro é comemorado em boa parte do mundo como a virada de ano, entretanto, nem todos os países estão em 2025. O motivo? Enquanto muitas nações seguem um calendário em específico, outras utilizam suas próprias contagens de tempo e estão em um ano completamente diferente.
O calendário usado pela maioria dos países ocidentais é o gregoriano Calendário mais utilizado no mundo, ele foi criado na Europa em 1582, por iniciativa do Papa Gregório XIII.
, que leva o nome do papa Gregório XIII, responsável pelo ajuste feito na contagem de tempo ocidental em 1582, por meio de um documento chamado Inter gravíssimas, que reformulou a forma de contagem do tempo nos países influenciados pelo catolicismo.
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A intenção do papa era corrigir uma dessincronização gerada por um erro do calendário juliano, que fazia com que as datas não coincidissem com eventos sazonais ou mesmo as estações do ano, a exemplo da Páscoa e do equinócio da primavera.
O objetivo era alinhar o calendário com o ciclo solar. Com isso, 10 dias desapareceram do mês de outubro de 1582. Para instaurar o decreto, as pessoas foram dormir no dia 4 e "acordaram" no dia 15.
Pelo menos 40 calendários são usados ao redor do mundo
Os “contadores de tempo” se baseiam na translação e rotação da Terra em torno do Sol ou nas fases da Lua.
Assim, os calendários podem ser classificados em: solares, que se baseiam no movimento da Terra em torno do Sol; lunares, nos quais os meses são indicados pelas fases da Lua; e lunissolares, que se baseiam nos movimentos do Sol e da Lua.
Acredita-se que o objeto mais antigo usado para calcular números e medir a passagem do tempo seja o osso de Lebombo, descoberto em uma caverna na África do Sul e datado de 35.000 a.C. Trata-se de parte da perna de um babuíno, na qual foram identificados pequenos traços feitos por humanos.
Esses riscos, segundo pesquisadores, eram usados como um “calendário”, e cada traço significava um dia. Ele era possivelmente baseado nas fases da Lua.
Com diferentes formas de contagem do tempo, são múltiplas as percepções de "presente", "passado" e "futuro" entre as diversas culturas e os inúmeros povos em cada região do mundo. Confira a seguir três países do mundo que ainda não chegaram a 2025:
Calendário etíope: o país com o ano de 13 meses

Também conhecido como “eritreu”, o principal contador de tempo da Etiópia tem uma característica peculiar: ele possui 13 meses. São 12 meses com 30 dias e um mês adicional, chamado Pagum, com cinco ou seis dias, dependendo se o ano é bissexto ou não.
A explicação para essa diferença em relação ao calendário gregoriano está na data de nascimento de Jesus Cristo adotada no calendário etíope.
Quando a Igreja Católica retificou o seu cálculo no ano 500 d.C., a Igreja Ortodoxa Etíope não fez o mesmo e com o passar do tempo, a diferença na contagem do tempo entre os calendários se aprofundou.
Por conta disso, a Etiópia está entre sete e oito anos "atrasada" em relação ao calendário gregoriano. Os anos lá começam no dia 11 ou 12 de setembro, dependendo se o ano é bissexto ou não.
Dessa forma:
- De 1º de janeiro a 10 de setembro de 2025 (gregoriano), será o ano 2017 no calendário etíope.
- A partir de 11 de setembro de 2025 de acordo com o calendário gregoriano, a Etiópia entrará no ano 2018.
Coreia do Norte: o país que “voltou no tempo”

Desde 1997, a Coreia do Norte – e somente ela – utiliza o calendário Juche. Ele é baseado em uma mistura de filosofias, como o marxismo, o leninismo e o kimilsunismo (as ideias de Kim Il-sung, primeiro comandante do país).
Sua contagem começa a partir do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, em 15 de abril de 1912. Sendo assim, o ano de 1912 do calendário gregoriano corresponde ao ano 1 no calendário norte-coreano, já que no sistema Juche não existe o ano zero.
Seguindo essa lógica:
- O ano de 2025 corresponde ao ano 114 no calendário Juche.
Um fato curioso é que as datas anteriores à criação do calendário norte-coreano são marcadas como a.J., algo semelhante ao que ocorre com o uso do a.C., referente a períodos antes do nascimento de Cristo.
Afeganistão, Irã e o calendário persa
No Irã e no Afeganistão é utilizado o calendário persa, conhecido como Nowruz, esse sistema celebra a passagem de ano no equinócio da primavera (fenômeno astronômico que indica o início da primavera e do outono. Nesse dia, o dia e a noite têm quase a mesma duração), geralmente em 20 ou 21 de março.
Para saber em que ano estamos em relação ao calendário gregoriano, é necessário subtrair 621 ou 622. Isso ocorre porque o contador de tempo persa começou a contar os anos a partir do calendário islâmico (Hégira), que teve início em 622 d.C.
Ou seja:
- De 1º de janeiro a 20 de março de 2025, será o ano 1403.
- A partir de 21 de março de 2025, será o ano 1404