Robô humanoide tem pintura leiloada por R$ 6,1 milhões
A obra homenageou o matemático Alan Turing, considerado o pai da computação, e foi vendida pela casa de leilões Sotheby’s em Nova YorkUm retrato do matemático inglês Alan Turing foi vendido nesta quinta-feira, 7, por US$ 1,08 milhão (cerca de R$ 6,1 milhões) em Nova York, pela casa de leilões Sotheby’s. O seu diferencial? A artista: um robô humanoide apelidado de Ai-Da.
A escolha do tema foi inspirada no papel de Turing como um pioneiro para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Com 2,2 metros de altura, a pintura destaca o rosto do “pai da computação” sob um fundo escuro.
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O valor recebido por Ai-Da superou as estimativas iniciais para os lances, que variavam entre US$ 120 mil e US$ 180 mil (entre R$ 688 mil e R$ 1 milhão). A pintura foi intitulada “A.I. God” (“deus da I.A.”, em tradução livre).
“A.I. God vai além de um simples tributo, refletindo sobre a profunda questão de Turing: ‘As máquinas podem pensar?’. Essa pergunta é fundamental para a existência de Ai-Da, pois ela incorpora a visão de Turing de inteligência de máquina capaz de simular o pensamento humano”, refletiu a casa de leilões na descrição da obra.
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Robô humanoide tem pintura leiloada: conheça Ai-Da
Descrita como “o primeiro artista robô humanoide ultra-realista do mundo”, Ai-Da foi projetada com traços femininos. O seu nome também faz uma referência à outra figura influente, Ada Lovelace, considerada a primeira mulher programadora da história.
A máquina, criada em fevereiro de 2019, é capaz de desenhar e pintar usando câmeras em seus olhos, algoritmos de IA e um braço robótico. Apresentando uma fusão de entradas eletrônicas/IA/humanas, a sua arte é vista como “uma colaboração máquina-humana”.
A exposição solo de estreia de Ai-Da, “Unsecured Futures”, aconteceu na Universidade de Oxford.
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Quem criou o robô Ai-Da?
O projeto de desenvolvimento do humanoide foi idealizado por Aidan Meller. Como uma artista-robô, Ai-Da faz parte do conceito de Aidan Meller e Lucy Seal, e foi construída pela empresa Engineered Arts.
Já o seu braço robótico para desenho foi projetado e programado por Salah El Abd e Ziad Abass.
A criação de Ai-Da também pretende incorporar o conceito da filósofa Donna Haraway, que reflete o ciborgue como uma fusão de humano e máquina que desafia marcações binárias de gênero. O ensaio, traduzido em português, é intitulado “Manifesto Ciborgue”.
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