Casamento em cemitério? Casal celebra união em SP
Casal realizou casamento em cemitério, desafiando convenções e escolhendo o local por verem nele um espaço de renovação e recomeço espiritual
Um casal decidiu celebrar seu matrimônio de um jeito nada convencional. Healing, de 38 anos, e Heryck, de 36, usaram um cemitério como cenário para o casamento. Os dois são umbandistas e conseguiram planejar e concretizar o evento em apenas três dias.
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A festa, que reuniu 30 convidados, aconteceu no Cemitério da Saudade, em Sumaré, no interior de São Paulo, e ganhou destaque por meio das redes sociais da noiva, Healing. Ela e o filho, Jeffrey, comandam um terreiro em Hortolândia.
No evento, a decoração incluía enfeites temáticos da religião do casal, com balões e imagens de Rosa Caveira e Exu Caveira, entidades que regem o terreiro da família. Além disso, marido e mulher estavam vestidos com roupas predominantemente vermelhas e pretas.
Casal celebrou casamento em cemitério após o Dia de Finados
A festa aconteceu no último domingo, dia 3, um dia após o Dia de Finados. A cerimônia no cemitério chamou a atenção de curiosos, que ficaram espantados com a situação. Ao mesmo tempo em que o casal e seus convidados celebravam, uma família enterrava um ente querido ali perto.
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Apesar de ser uma celebração mais reservada aos convidados, com a presença até de seguranças, qualquer aproximação de curiosos, desde que fosse de forma respeitosa, estava autorizada pelo casal.
O planejamento do casamento começou na quarta-feira, dia 30, para se realizar no domingo, dia 3. O clima na região estava nublado e chuvoso.
No entanto, no dia do evento, não caiu sequer um pingo de chuva, ao contrário do dia anterior. Healing admitiu ter feito uma simpatia para que o tempo permanecesse seco.
“Tem que ter macumba até no dia do casamento”, disse, rindo, a mãe de santo ao G1.
Casal se casa em cemitério: motivos da celebração no local
O casal tem uma visão diferente sobre o que as pessoas, em geral, pensam do cemitério, e isso os levou a escolher o local para a celebração. Para eles, o cemitério é como uma “praça linda, mas onde ninguém quer passear”.
“Como eu faço bastante trabalho dentro do cemitério, já me sinto à vontade ali. Uns dizem que é o fim, que é um lugar de tristeza. Eu não. Eu já me sinto bem. Para mim, o cemitério é onde a gente recomeça”, explicou Healing.