Consciência Negra: pela 1ª vez, 20 de novembro é feriado em todo o Brasil; entenda
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, honra Zumbi dos Palmares e a luta pela liberdade e a igualdade no Brasil
Símbolo da resistência e da representatividade dos antepassados negros, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, tornou-se feriado nacional em 2024. A data é marcada por um histórico de lutas e conquistas, e, até 2023, era feriado em apenas seis estados e, aproximadamente, 1.200 cidades brasileiras.
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O dia 20 de novembro foi escolhido em referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil, Palmares, localizado no atual estado de Alagoas. Zumbi foi executado nesse dia em 1695, e sua trajetória tornou-se símbolo de resistência contra a escravidão.
Além de homenagear Zumbi, a data celebra outras figuras negras que deixaram um legado significativo na história e cultura brasileiras, como Pelé, Alcione, Lázaro Ramos, Glória Maria e, mais recentemente, Vinicius Júnior.
Dia da Consciência Negra: 20 de novembro é feriado?
Em 2024, o dia 20 de novembro será comemorado pela primeira vez como feriado nacional. O projeto de lei que instituiu o feriado foi sancionado pelo presidente Lula (PT) em 21 de dezembro de 2023, após sua criação pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).
A primeira lei que reconheceu a data como Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra foi sancionada em 2011 (Lei Federal 12.519), mas não a tornou feriado nacional, cabendo a cada estado e a cada município decidir pela criação do feriado em sua jurisdição.
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Confira quais eram os únicos estados onde, mesmo antes do decreto do presidente Lula, 20 de novembro já era considerado feriado:
- Alagoas
- Amapá
- Amazonas
- Mato Grosso
- Rio de Janeiro
- São Paulo
Dia da Consciência Negra: quem foi Zumbi dos Palmares?
Zumbi, líder em homenagem ao qual o Dia da Consciência Negra é celebrado, foi um dos maiores defensores da liberdade do povo negro escravizado no Brasil colonial.
O Quilombo dos Palmares, o maior da época, remonta ao final do século XVI, com registros de 1597, embora alguns historiadores especulem que tenha surgido antes disso. Palmares era formado por diversos mocambos (vilas) que abrigavam escravizados fugitivos e outros negros que buscavam liberdade.
Quanto à infância de Zumbi, o relato mais conhecido é o do jornalista Décio Freitas, que afirma que Zumbi nasceu livre em Palmares, mas foi capturado aos sete anos e entregue como escravo a um padre, Antônio Melo. Sob sua tutela, foi batizado como Francisco e aprendeu a falar português e latim. Aos 15 anos, fugiu e retornou a Palmares, onde se tornou um dos principais líderes militares dos palmarinos.
Zumbi foi capturado em 20 de novembro de 1695, após ser traído por um prisioneiro que entregou seu paradeiro em troca da própria vida. Ele foi decapitado, e sua cabeça foi levada para Recife, onde foi exposta publicamente por ordem do governador, como forma de desestimular a resistência dos quilombos.