Orixás: cada dia da semana é dia de algumas divindades; entenda

Em algumas religiões brasileiras há o culto de orixás que são celebrados em cada dia da semana; confira quais são os orixás de cada dia da semana

Os orixás são divindades cultuadas pelos iorubas do Sudoeste da atual Nigéria, de Benin e do Norte do Togo, trazidas para o Brasil pelos negros escravizados e incorporadas por outras religiões.

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Na mitologia africana eles são, em geral, divindades que ordenam o mundo e estão presentes nas forças da natureza. Religiões como candomblé, umbanda, casas de Ifá, batuque gaúcho e tambor de mina são alguns exemplos de religiões que acreditam nos orixás, e cada uma tem o seu entendimento próprio sobre essas divindades.

No Brasil, são cultuados os seguintes orixás: Exú, Omolú, Ogun, Oxumaré, Irôko, Xangô, Iansã, Obá, Oxóssí, Ossaim, Logunedé, Oxalá, Oxum, Iansã, Iemanjá e Ibeji.

Orixás: segunda-feira é dia de Exú e Omolú

Exu é conhecido como o mensageiro dos orixás e dos seres humanos, servindo como ponte entre o mundo espiritual e o mundo material. Ele é associado à comunicação, à vitalidade, à abertura de caminhos e à proteção.

Ele é frequentemente mal compreendido e, em algumas tradições, pode ser erroneamente associado a figuras malignas. Contudo, na verdade, ele representa a dualidade humana e cósmica.

Omulu, Xapanã ou Abaluaiê é o orixá da saúde e da doença, responsável pela cura e pela proteção contra epidemias. Omolu é frequentemente associado à terra e ao controle das forças que causam doenças, bem como ao poder de curar e regenerar.

Além disso, Omolu é visto como um orixá justo, que pune e cura conforme o merecimento e a necessidade das pessoas e seus rituais, muitas vezes, envolvem oferendas e danças que pedem saúde e cura.

Orixás: terça-feira é dia de Ogun, Oxumaré e Irôko

Ogum é o orixá do ferro, da guerra e da tecnologia. Ele é considerado o protetor dos ferreiros, soldados e engenheiros. Dessa forma, ele simboliza a força, a coragem e a inovação.

Oxumarê é o orixá do arco-íris, da chuva e da renovação. Ele representa a continuidade e o ciclo da vida, sendo associado tanto à riqueza quanto à transformação. Além disso, ele é visto como um orixá que incorpora tanto aspectos masculinos quanto femininos, simbolizando a dualidade e o equilíbrio.

Iroko é o orixá associado à árvore sagrada. Ele é frequentemente ligado a grandes árvores ancestrais, especialmente o jequitibá, que são vistas como moradas de espíritos e símbolos de longevidade e sabedoria.

Ademais, ele é reverenciado como um guardião das florestas e um protetor dos segredos ancestrais, representando a conexão entre o passado, o presente e o futuro. Seu culto envolve rituais ao pé de árvores sagradas, onde são feitas oferendas para pedir proteção e longevidade.

Orixás: quarta-feira é dia de Xangô, Iansã e Obá

Xangô é o orixá da justiça, do trovão e do fogo. Ele é considerado o patrono dos reis e governantes, simbolizando poder, autoridade e equidade. Xangô é frequentemente representado com um machado de duas lâminas (oxé) e é conhecido por sua capacidade de punir os injustos e proteger os inocentes.

Seus seguidores buscam sua ajuda para obter justiça e equilíbrio em suas vidas. Ele é reverenciado com festas, danças e oferendas que destacam sua força e sua ligação com os elementos naturais.

Iansã, também conhecida como Oyá, é a orixá dos ventos, tempestades e raios nas . Ela é associada à coragem, à intensidade e à transformação. Iansã é conhecida por seu temperamento forte e por sua habilidade de controlar os espíritos dos mortos (eguns).

Frequentemente representada com uma espada ou um raio, ela é invocada para trazer mudanças rápidas e proteger contra perigos. Iansã é também uma deusa da sensualidade e da paixão, celebrada por sua independência e força feminina.

Obá é a orixá das águas revoltas e da guerra nas religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda. Ela é conhecida por sua força, coragem e habilidade em combate, sendo muitas vezes associada à proteção e à resistência. Obá é uma guerreira poderosa, frequentemente representada com armas como espadas e escudos.

Além disso, ela é associada às águas turbulentas dos rios e às margens dos lagos, simbolizando tanto sua força quanto sua conexão com as emoções profundas. Obá é reverenciada por sua determinação e lealdade, e seus seguidores a invocam para obter coragem e proteção em tempos difíceis.

Orixás: quinta-feira é dia de Oxóssí, Ossaim e Logunedé

Oxóssi é o orixá da caça, da fartura e das florestas. Ele é considerado o patrono dos caçadores e é associado à busca do conhecimento e à preservação da natureza. Oxóssi é frequentemente representado com um arco e flecha, simbolizando sua habilidade como caçador e seu papel de protetor dos animais e das matas.

Ele é invocado para trazer prosperidade, abundância e sucesso nas empreitadas, sendo também um orixá ligado à sabedoria e à astúcia. Seus cultos são marcados por danças e oferendas que celebram a natureza e a fartura.

Ossaim é o orixá das folhas, ervas e plantas medicinais. Ele é considerado o mestre do conhecimento das propriedades curativas e mágicas das plantas, sendo essencial nos rituais de cura e na preparação de remédios naturais.

Ossaim é frequentemente representado com uma vara ou cajado e é associado à sabedoria, ao segredo e ao poder oculto das ervas. Seus seguidores o invocam para obter saúde, proteção e orientação espiritual, e seus cultos incluem oferendas de folhas e cerimônias dedicadas à preservação e ao uso sagrado da vegetação.

Logunedé é um orixá da mitologia iorubá. Ele é conhecido por sua dualidade, sendo um orixá que incorpora tanto características masculinas quanto femininas, representando a união de Oxóssi, o orixá da caça, e Oxum, a orixá das águas doces e da beleza.

Logunedé é frequentemente associado à juventude, à beleza e à alegria, sendo um protetor dos jovens e das crianças. Ele é representado como um jovem caçador que também possui habilidades nas águas, simbolizando sua habilidade de transitar entre diferentes mundos e elementos.

Suas oferendas geralmente incluem frutas, mel e flores, refletindo sua ligação com a natureza e a fertilidade. Logunedé é um orixá que inspira equilíbrio e harmonia, sendo um símbolo de adaptabilidade e resiliência.

Orixás: sexta-feira é dia de Oxalá

Oxalá é um dos mais importantes e venerados Orixás do panteão iorubá, sendo frequentemente associado à criação do mundo e da humanidade. Representa a paz, a serenidade e a sabedoria, sendo considerado o pai de todos os Orixás e o responsável pela manutenção da ordem e do equilíbrio no universo.

As cores associadas a Oxalá são o branco e o prata, simbolizando a pureza e a espiritualidade, e suas oferendas geralmente incluem alimentos brancos como arroz, canjica e inhame, que são preparados com muito cuidado e respeito.

Orixás: sábado é dia de Oxum, Iansã e Iemanjá

Oxum é uma das mais reverenciadas orixás do panteão iorubá, conhecida como a deusa das águas doces, rios e cachoeiras, além de ser associada ao amor, à fertilidade, à beleza e à riqueza. Ela também é a patrona das artes e da música, sendo venerada por sua capacidade de trazer harmonia e prosperidade.

Seus devotos a celebram com oferendas de mel, flores e objetos dourados, refletindo sua conexão com a abundância e a generosidade. A presença de Oxum é invocada para trazer paz, amor e cura.

Iansã, também conhecida como Oyá, é a divindade dos ventos, tempestades e raios, simbolizando a força e a intensidade da natureza. Iansã é frequentemente associada à coragem, à paixão e à transformação, sendo uma guerreira destemida que enfrenta desafios com determinação.

Além de sua ligação com os fenômenos naturais, ela é considerada a guardiã dos mortos, conduzindo as almas para o além. Sua figura é representada com cores vibrantes, como o vermelho e o marrom, e seus símbolos incluem o raio e o búfalo, refletindo sua energia indomável e seu espírito protetor.

Iansã inspira seus seguidores a enfrentarem adversidades com bravura e a buscarem a renovação constante em suas vidas.

Iemanjá ou Yemanjá é considerada a mãe de todos os Orixás. Ela é a deusa dos mares e oceanos, simbolizando a maternidade, a fertilidade e a proteção. Sua imagem é frequentemente associada à figura de uma mulher majestosa, vestida de azul e branco, que emerge das águas.

As celebrações em sua homenagem, como a Festa de Iemanjá, realizada em 2 de fevereiro, atraem milhares de devotos que oferecem flores, perfumes e outros presentes ao mar, buscando bênçãos e proteção.

Iemanjá é vista como uma figura maternal que acolhe e cuida de seus filhos, sendo invocada em momentos de necessidade e agradecimento.

Orixás: domingo é dia de Exú e Ibeji

Ibeji é um orixá da mitologia iorubá que representa a dualidade e a energia das crianças gêmeas. Este orixá é associado à alegria, à inocência e à vitalidade, simbolizando a pureza e a renovação da vida. Ibeji é frequentemente invocado para trazer prosperidade, saúde e proteção, especialmente para os mais jovens.

Na tradição, acredita-se que os gêmeos possuem poderes especiais e uma conexão espiritual única, sendo vistos como portadores de boa sorte e bênçãos. As celebrações e oferendas a Ibeji geralmente incluem doces, brinquedos e alimentos que agradam às crianças, refletindo a natureza festiva e alegre deste orixá.

ENTENDA por que as comemorações de Iemanjá e Nossa Senhora da Assunção ocorrem no mesmo dia

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