Vinho de R$ 1.650? Veja os rótulos mais caros do Brasil e do mundo

Chegando a pagar mais de 4 milhões de reais, os amantes da bebida não medem esforços para degustar um bom vinho. Descubra os rótulos mais caros que existem.

Já pensou em ir em um restaurante com um grupo de amigos e pedir dois vinhos e, na hora de pagar a conta, perceber que a bebida custa R$ 1.650 por garrafa? A situação desesperadora  aconteceu com dois casais de amigos que saíram para almoçar no último domingo, 7, em Salvador.

Na hora de pedir a conta, o grupo foi surpreendido pelo valor: R$ 4.512,09. A reação dos amigos ao perceberem o equívoco foi postada no TikTok e viralizou.

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O vinho em específico foi o português Pêra-Manca, produzido em Évora, capital de Alentejo, região sul de Portugal. O rótulo é considerado um rei entre os vinhos.

Além dele, existem diversos outros tipos da bebida no mercado com preços elevados; alguns já chegaram a ser leiloados por quase 5 milhões de reais.

Quais os motivos do preço elevado de um vinho?

Os fãs da bebida não medem esforços para possuir um rótulo raro de uma safra especial. Inclusive, é exatamente isso que faz o preço ser tão elevado: a raridade do produto.

O vinho vem sendo consumido desde a antiguidade e tem o início de sua produção datado em meados de 6000 a.C. Mais de oito mil anos depois, é uma das bebidas mais conhecidas e consumidas do mundo. 

Em contraposição aos rótulos comercializados em supermercados por R$ 100 ou menos, há os rótulos que chegam a centenas de milhares de reais por uma única garrafa.

Marcas especiais não são encontradas em uma prateleira qualquer; normalmente, esses rótulos estão sob domínio de personalidades famosas ou até mesmo em leilões de luxo.

 

A raridade de alguns vinhos é o fator principal de preços tão elevados. Existem colheitas que foram feitas em anos difíceis, os quais renderam pouca mercadoria, fazendo com que o preço desses artigos subisse drasticamente.

Além disso, outros fatores podem e contribuem para a elevação de preço da bebida no mercado. Confira quais são:

  • Qualidade excepcional: Muitos desses vinhos são feitos a partir de uvas cultivadas em terroirs Terroir é um termo de origem francesa que define uma extensão limitada de terra. Ao longo do tempo, o universo vinícola foi se apropriando do conceito — terroir passou a compreender características específicas referentes à geografia, à geologia e ao clima de um lugar únicos e ideais, com métodos de vinificação meticulosos que resultam em vinhos de altíssima qualidade.
  • Reputação e Prestígio: A reputação de um produtor ou de uma região vinícola influencia significativamente os preços. Marcas com história e tradição consolidadas tendem a ter vinhos mais valorizados.
  • Demandas de Mercado: A alta demanda entre colecionadores, entusiastas e investidores pode levar a preços inflacionados em leilões e em vendas diretas.
  • Envelhecimento: Alguns vinhos são envelhecidos por longos períodos em condições ideais, o que aumenta sua complexidade e seu valor ao longo do tempo.
  • Marketing e Exclusividade: O marketing eficaz e a exclusividade associada a certos vinhos também contribuem para seus altos preços.

Quais são os cinco vinhos mais caros do mundo?

O valor de um vinho varia de acordo com o fluxo no mercado. Alguns países se destacam nesse ramo como a França, especialmente regiões como Bordeaux e Borgonha, e também a Itália, com vinhos de regiões renomadas como Toscana e Piemonte.

Outros incluem os Estados Unidos, com vinhos da Califórnia (como Napa Valley), e a Espanha, com vinhos de Rioja e Priorat. Os preços recorde de todo o mundo foram registrados em leilões. Confira os cinco vinhos mais caros da história:

Petrus 2000 (França) – R$ 4.853.025

O exemplar de Petrus 2000 se diferencia por ter passado 14 meses no espaço. O rótulo francês pertence a um lote enviado à Estação Espacial Internacional e atualmente se encontra na casa de leilões Christie’s avaliado em 830 mil euros - o equivalente a R$ 4.853.025 na cotação atual.

Domaine de la Romanée-Conti 1945 (França) – R$ 2.818.262

Em 2018, a safra 1945 do Domaine de la Romanée-Conti quebrou os recordes tornando-se o número 1 dentre os vinte mais caros da história.

A bebida francesa atingiu o preço de 482 mil euros  em uma venda organizada pela casa nova-iorquina Sotheby’s, uma das mais famosas e antigas casas de leilões de luxo.

Screaming Eagle 1992 (EUA) – R$ 2.479.135

Uma garrafa Matusalém (como são chamadas as embalegens com seis litros da bebida) de Screaming Eagle 1992 foi arrematada por 424 mil euros em um leilão beneficente. O rótulo de 1992 manteve o primeiro lugar na classificação dos vinhos mais caros da história durante 18 anos.

Champagne Heidsieck & Monopole C° 1907 (França) – R$ 1.309.732

Em 1998, foi descoberto o naufrágio de um navio sueco de 1916, o Jönköping, com 2.400 garrafas de champagne armazenadas em caixas de madeira, intactas e em perfeita conservação. Uma delas foi comprada por 224 mil euros.

Château Cheval Blanc 1947 (França) – R$ 1.309.539

Em 2010, um matusalém do Château Cheval Blanc 1947 foi vendido por 223.967 euros, em Genebra, num evento organizado pela casa de leilões Christie’s.

Vinhos caros: garrafas são vendidas por R$ 62 mil ou mais

Outros vinhos que ganham destaque pelo preço elevado no mercado, sendo comercializados por algumas dezenas de milhares de reais, são:

  • Masseto Toscana (Itália),
  • Egon Müller Scharzhofberger Riesling TBA (Alemanha),
  • Penfolds Grange Hermitage (Austrália),
  • Henri Jayer Vosne-Romanee (França) e
  • Tenuta dell’Ornellaia (Itália).

No Brasil, os vinhos mais caros geralmente são importados e os preços podem variar dependendo do momento e das disponibilidades de mercado. Atualmente, um dos vinhos mais caros no País é o Château Petrus da safra 2020 (França), chegando a ser comercializado por R$ 62 mil. Dependendo da margem aplicada de cada restaurante, o valor pode variar se tornando mais caro.

Outros vinhos que se destacam pelo preço elevado no Brasil são o Cabernet Sauvignon da safra 2002, o Milantino Gran Reserva safra 2005 e o Sesmarias 2018 - todos vendidos por mais de R$ 1 mil a garrafa (750 ml).

 

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