Envelhecimento: como humanos, macacos diminuem seus círculos sociais ao envelhecer
Segundo pesquisa, macacos tendem a se isolar dos outros conforme envelhecem e vão se aproximando apenas dos que já possuem conexão; entenda
17:23 | Mar. 20, 2024
Uma pesquisa observou que os macacos, conforme vão envelhecendo, vão restringindo o seu círculo social e mantêm proximidade com os outros animais que já têm conexão. Os pesquisadores de universidades alemãs fizersam observações sobre o envelhecimento social — as mudanças em papeis sociais e comportamentos diante do avanço da idade.
O estudo publicado na revista Proceedings B da Royal Society britânica na quarta-feira, 13, também aponta que preservar relações na velhice faz bem para a saúde.
Como os pesquisadores apontam no título "a redução da rede social é explicada por efeitos ativos e passivos, mas não pelo aumento da seletividade com a idade".
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Macacos se isolam ao envelhecer: círculo social cai para metade em 10 anos
A equipe do Instituto Leibniz conduziu a pesquisa, observando população de macacos-de-assam (Macaca assamensis), que vivem soltos na reserva Phu Khieo Wildlife Sanctuary na Tailândia, durante quase uma década.
Cerca de 61 fêmeas, entre 4 e 30 anos, foram analisadas de 2013 a 2021. Os estudiosos perceberam que o isolamento vai aumentando conforme os anos vão passando, podendo ser reduzido em média pela metade entre uma fêmea de 10 anos e outra de 20.
O isolamento social parte do próprio animal, que também vai diminuindo as interações físicas e se aproximando daqueles que ele sente que são leais.
O etólogo Baptiste Sadoughi, principal autor do estudo, disse á AFP que os humanos também apresentam comportamento parecido com os macacos-de-assam, diminuindo bastante seus círculos sociais ao longo da vida.
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Isolamento ao envelher: o comportamento em humanos
Segundo os pesquisadores argumentam, é quase impossível observar trajetórias completas de vida em humanos. Ademais, os estudos longitudinais mistos seriam influenciados pela mortalidade seletiva. Também seriam sensíveis à autopercepção e aos vieses de lembrança de memória.
Neste contexto, os dados longitudinais recolhidos através da observação direta sistemática das populações animais representam uma contribuição valiosa para a investigação sobre o envelhecimento social.