Além do Brasil: como outros países celebram o ano novo?

Nem todas as culturas seguem o calendário gregoriano na hora de celebrar o ano novo; confira cinco exemplos de viradas 'fora de época'

Com o fim das festas natalinas, grande parte das pessoas começa a se organizar para o tão esperado “réveillon”, termo da língua francesa que significa "despertar". A comemoração se inicia no dia 31 de dezembro e segue o calendário gregoriano, mas outras culturas possuem datas e formas diferentes de celebrar a passagem de ano.

Na astronomia, não existe uma data específica para o ano novo, pois “ano” é o período de tempo em que um planeta precisa para dar a volta completa em torno do Sol. No caso da Terra, o planeta leva cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 14 segundos.

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Então, quem pode definir quando começa ou termina essa contagem? Confira a seguir culturas e regiões que celebram o ano novo em diferentes épocas.

1. O Ano-Novo chinês

Também chamado de Ano Novo Lunar ou Festival de Primavera, a comemoração na China acontece em 22 de fevereiro. Com em média uma semana de celebração, é comum no país de origem e em regiões com muitos imigrantes chineses que amigos e parentes troquem envelopes vermelhos com dinheiro de presente.

O calendário tradicional chinês ainda desempenha um papel importante entre a população, apesar da manutenção do gregoriano como o oficial.

O “Ano Novo Lunar” é chamado assim pois combina o ciclo solar com os ciclos lunares. A cada 12 anos completa-se um ciclo, e anualmente cada um deles recebe o nome de um dos 12 animais correspondentes ao horóscopo chinês. 2024 será o ano do dragão.

As festividades incluem desfiles e fogos de artifício para afastar espíritos ruins do ano anterior e saudar o novo ciclo que começa.

2. O Ano-Novo islâmico

Diferente do calendário gregoriano, o ano novo é comemorado a cada 354 ou 355 dias, ou seja, a data muda a cada ciclo desde a ida de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina.

As celebrações islâmicas são chamadas de Hijr e marcam o início do Muharram, primeiro mês do ano islâmico.

São feitos jejuns e orações durante um período de 10 dias. A celebração é considerada sagrada pelos islâmicos e é um momento de purificação.

3. O Ano-Novo judaico

O Rosh Hashaná, ano novo judaico, é festejado entre setembro e outubro. A data é determinada pelas fases da lua e acontece durante dois dias, com refeições fartas para atrair alegria e prosperidade.

As celebrações se iniciam ao pôr do sol da véspera do primeiro dia do ano e duram alguns dias, seguidas pelo feriado de Yom Kipur, o dia da reconciliação.

Em 2024, pelo calendário gregoriano, a data marcará o início do ano 5784 para os judeus em todo o mundo. Isso ocorre por comemoração do calendário hebraico que, segundo a tradição, originou-se com a criação bíblica do universo.

4. O Ano-Novo Iorubá

As comemorações do ano novo Iorubá acontecem no dia 3 de junho do calendário gregoriano, época do início da colheita do inhame, mas pode variar de um local para outro.

O calendário tradicional Iorubá baseia-se no número quatro (4): quatro fases lunares, quatro elementos, quatro pontos cardeais e quatro estações do ano. Assim, a semana tem quatro dias, sendo cada um dedicado a um orixá.

Em junho de 2024, os iorubás celebram o início do ano iorubano de 10.066 com muita festa, alimentos, oferendas e adivinhações. No entanto, eles também adotam o calendário gregoriano.

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5. O Ano-Novo norte-coreano

Utilizado somente na Coreia do Norte, o calendário “Juche” começou sua contagem em 1912, ano de nascimento do líder norte-coreano Kim Il-sung, fundador da República Popular Democrática da Coreia —Coreia do Norte.

O Ano Novo Juche é comemorado com a colocação de flores nas estátuas de bronze dos falecidos líderes Kim In-sung e Kim Jong II.

O ano inicial passou a ser chamado “Juche 1”. Desde então, todos os registros do país começaram a usar os anos Juche. É comum as datas virem marcadas com o ano gregoriano após o ano Juche, por exemplo: 2 de janeiro, Juche 114 (2024).

Apesar disso, os norte-coreanos ainda comemoram a virada de ano tradicional em 31 de dezembro, assim como o ano novo chinês, totalizando três viradas de ano a cada 365 dias.

Tradições que sobrevivem ao longo do tempo

Além dos exemplos em destaque, existem diversas festas tradicionais que sobreviveram à passagem do tempo: registros apontam que o costume de festejar o ano novo já era comum para aqueles que viviam na Babilônia há quatro mil anos.

Atualmente existem incontáveis celebrações de ano novo ao redor do mundo, cada uma apresentando sua convenção estabelecida por critérios e interesses, sejam eles climáticos, religiosos, políticos ou agrícolas.

 

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