Além da Via Láctea: raio cósmico é detectado de fora da galáxia

Cientistas divulgam atividades cósmicas de fora da galáxia. Origem do raio não tem identificação exata e pode ser a maior manifestação em três décadas

06:00 | Nov. 25, 2023

Por: Caynã Marques
Pesquisadores verificam o detector o telescópio Array. O equipamento detectou a segunda partícula de raio cósmico mais energética registrada. (foto: Reprodução / The Yomiuri Shimbun via AP/Alamy)

Cientistas de Utah, nos Estados Unidos, identificaram um raio cósmico de origem desconhecida. O fenômeno de partículas foi despejado na Terra. Segundo os estudiosos, a fonte destes raios está fora da Via Láctea, em outra galáxia.

Em 1991, um fenômeno batizado de “Oh-my-god” surpreendeu os cientistas da época. O caso de 2023, que ainda não foi batizado, se equivale e rivaliza com o acontecimento dos anos 90.

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Grande parte da origem dos raios cósmicos já registrados não tem certeza absoluta de sua fonte inicial. A teoria mais forte é que eles estejam relacionados com os fenômenos mais energéticos do Universo, como os que envolvem buracos negros, explosões de raios gama e núcleos galácticos ativos.

Porém, os maiores já descobertos até agora parecem originar-se de vazios ou espaço vazio, localidades que geralmente não apresentam grandes atividades cósmicas.

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Raios Cósmicos: qual a definição deste fenômeno?

Os raios cósmicos são partículas carregadas que viajam pelo espaço e chovem constantemente na Terra. Os raios cósmicos de baixa energia podem provir do sol, mas os de energia extremamente alta são excepcionais.

Acredita-se que grande parte viaje para a Terra proveniente de outras galáxias e fontes extragalácticas.

“Se você estender a mão, um (raio cósmico) passa pela palma da sua mão a cada segundo, mas esses são de baixa energia”, disse o coautor do estudo John Matthews, professor pesquisador da Universidade de Utah.

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Raios Cósmicos: muitas vezes considerados erros

Toshihiro Fujii, astrônomo da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, tropeçou em alguns sinais bizarros em 27 de maio de 2021, enquanto fazia uma verificação de dados de rotina no Telescope Array, um detector de raios cósmicos no condado de Millard, Utah.

Os sinais sugeriam que os detectores das instalações haviam sido destruídos por algo superenergético, mas ele inicialmente ficou cético.

“Achei que havia algum tipo de erro ou bug no software”, diz Fujii. “Fiquei realmente surpreso.” Mas as medições foram consistentes com as produzidas pelos raios ultra cósmicos. Os cientistas apelidaram a partícula de 'Amaterasu'.

O Telescope Array, que começou a operar em 2008, é composto por 507 detectores de superfície do tamanho de uma mesa de pingue-pongue, cobrindo 700 quilômetros quadrados.

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