Pedaço da Terra desaparecido é encontrado após 155 milhões de anos

Cientistas encontram pedaço da Terra que estava desaparecido há mais de 155 milhões de anos no Sudeste Asiático, chamado Argolândia; entenda o caso

Cientistas encontraram pedaço da Terra depois de 155 milhões de anos desaparecido. A região chama-se de Argolândia e consiste em uma parte da Austrália Ocidental que se separou do continente.

Os cientistas já desconfiavam que existia um pedaço de Terra desconhecido devido a um enorme buraco no fundo do oceano, conhecido como Planície Abissal de Argo.

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Eles também tinham uma teoria de que o pedaço da Terra teria sido puxado de volta para o manto do planeta. E após isto, ele teria derretido igual a outro continente perdido, o Grande Adria.

Porém, o Grande Adria, diferente da Argolândia, deixou vestígios de sua existência, que posteriormente se transformou nas montanhas do Sul da Europa. Já a Argolândia, os estudiosos nunca haviam encontrado rastros.

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Argolândia: como foi a descoberta do pedaço encontrado?

Os Geólogos da Universidade de Utrecht encontraram fragmentos escondidos sob muitas ilhas no Sudeste asiático, o que os fez concluírem que a Argolândia se fragmentou à medida que avançava e foram separados por estreitas bacias oceânicas, que eventualmente se tornaram parte de uma única placa tectónica. 

A descoberta foi publicada em 19 de outubro, no jornal científico Gondwana Research.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas escavaram camadas de rocha nas ilhas do Sudeste Asiático, incluindo Sumatra, Bornéu, Sulawesi e Timor. Eles também simularam os movimentos tectônicos e continentais no computador, o que ajudou na descoberta.

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Argolândia: a importância de encontrar o passado 

O geólogo Douwe van Hinsbergen, da Universidade de Utrecht, destaca a importância de encontrar e reconstruir vestígios do passado.

“Se os continentes pudessem mergulhar no manto e desaparecer completamente, sem deixar vestígios geológicos na superfície da Terra, então não teríamos muita ideia de como a Terra poderia ter sido no passado geológico. Seria quase impossível criar reconstruções fiáveis dos antigos supercontinentes e da geografia da Terra em épocas passadas”, explica Hinsbergen.

“Essas reconstruções são vitais para a nossa compreensão de processos como a evolução da biodiversidade e do clima, ou para encontrar matérias-primas. E a um nível mais fundamental: para compreender como as montanhas são formadas ou para descobrir as forças motrizes por detrás das placas tectónicas; dois fenômenos que estão intimamente relacionados", finaliza Douw.

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