Setembro Azul: saiba origem do Dia Nacional do Surdo
No mês em homenagem às pessoas com deficiência auditiva, conheça o significado do Setembro Azul e a sua importância
22:22 | Set. 21, 2023
O Setembro Azul é marcado como o mês de inclusão e apoio às pessoas com deficiência auditiva. Além do mês todo dedicado aos surdos, a data de 26 de setembro também foi escolhida como o Dia Nacional do Surdos.
Famosos que possuem esta deficiência apoiam a causa e incentivam tanto o tratamento precoce, quanto a inclusão na sociedade, seja nas áreas da educação, no mercado de trabalho, na cultura ou no lazer.
CLIQUE AQUI para seguir o novo canal com as últimas Notícias do O POVO no WhatsApp
Setembro Azul: Dia Nacional dos Surdos
Por meio de uma lei criada em 2008, a comunidade surda ganhou uma data comemorativa, 26 de setembro. Esta data, além de homenagear, serve para conscientizar a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Foi escolhido esta data específica por conta que em 1857, no Rio de Janeiro, a primeira escola para surdos no país foi inaugurada, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
Setembro Azul: quantas pessoas são surdas no Brasil?
O último dado disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) consta que 5% da população brasileira tem alguma deficiência na audição. São cerca de 10 milhões de pessoas, dos quais pouco mais de 2 milhões possuem surdez profunda.
Em 2002, foi criada uma lei que concretizava a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação, determinando assim que sua propagação e uso sejam apoiados pelo poder público e a sociedade em geral.
Coletes vibradores 'traduzem' música para surdos; CONFIRA
Setembro Azul: por que setembro? E por que a cor azul?
O mês de setembro foi escolhido para ser dedicado à comunidade surda por conta das datas comemorativas que estão presentes ao longo dos 30 dias: 23 de setembro - Dia Internacional das Línguas de Sinais, 26 de setembro - Dia Nacional do Surdo e 30 de setembro - Dia do Tradutor.
A escolha da cor azul está relacionada a um momento triste da humanidade. Em 1933, o governo nazista instituiu a chamada “Lei de Prevenção de Doenças Hereditárias”, que autorizava a esterilização compulsória de quem sofria de doenças hereditárias que pudessem acarretar sérias deficiências físicas ou mentais.
A identificação das pessoas com deficiência era feita através de uma faixa azul em seu braço. Logo após o encerramento deste momento triste da história, foi adotada a cor azul como homenagem às pessoas que sofreram estas enormes consequências desumanas apenas por sua existência.
Setembro Azul: tipos de surdez e principais causas
A surdez é dividida em quatro profundidades: leve, moderada, severa e profunda. Pode ser desenvolvida por genética, nascimento prematuro, acúmulo de cera ou líquidos no ouvido, infecções, exposição a ruídos, problemas metabólicos (conjunto de doenças), tumores, trauma, medicamentos e envelhecimento.
Setembro Azul: famosos com deficiência auditiva
Veja abaixo lista de celebridades:
Chris Martin
Chris Martin, vocalista do Coldplay, disse que começou a notar perda auditiva aos 25 anos, além de zumbido. “Não há dúvida de que isso foi causado por anos no palco e sujeito a decibéis de música muito altos”, disse ele. O cantor já apoia diversas campanhas de inclusão para surdos.
Bill Clinton
Por muito tempo, o ex-presidente dos Estados Unidos ignorou esta deficiência, até que os médicos o diagnosticaram com deficiência auditiva de alta frequência, a forma mais comum de perda auditiva. Hoje, Clinton usa dois aparelhos auditivos intracanais.
Halle Berry
Vítima de violência doméstica, a primeira mulher negra vencedora como melhor atriz do Oscar, Halle Berry, perdeu 80% da audição no ouvido esquerdo em 1991, quando seu então namorado a espancou. Ela frequentemente fala sobre sua perda auditiva para conscientizar e ajudar outras mulheres a quebrar o ciclo de violência.
Fortaleza sedia segunda edição do Campeonato Pan-Americano de Futsal de Surdos; VEJA