7 de setembro: saiba tudo sobre a data e suas curiosidades

Conheça mais sobre a data que celebra a independência do Brasil e os fatos curiosos relacionados ao dia 7 de setembro

A frase “independência ou morte” permeia o imaginário de estudantes brasileiros durante o dia 7 de setembro. Na prática, como um feriado nacional, a celebração considera o fim do Brasil Colônia e a presença de D. Pedro I como imperador.

O rompimento da ligação com Portugal, em 1822, foi influenciado por outro evento, cerca de 14 anos antes: a chegada da Coroa portuguesa ao País. Como fugitivos das Guerras Napoleônicas, a corte fez do Brasil um centro provisório de seu reinado, abrindo os portos para diferentes nações.

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O movimento de modernização da colônia, impulsionado pela família real, abriu espaço para o desenvolvimento econômico e intelectual do Brasil até o início da Revolução do Porto, em 1820.

O movimento exigia o retorno de D. João VI para Portugal e uma espécie de recolonização do Brasil, retirando o progresso obtido da então colônia durante a presença da corte portuguesa.

Dois anos depois do acontecimento, a independência brasileira seria estabelecida oficialmente às margens do rio Ipiranga.

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O que aconteceu no dia 7 de setembro?

A proclamação da independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, foi precedida por outros acontecimentos históricos. No mesmo ano, em janeiro, o príncipe regente, D. Pedro, contrariou as ordens da Coroa portuguesa e decidiu permanecer em solo brasileiro.

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico”, expressou na ocasião, que ficou conhecida como “Dia do Fico”.

Em carta despachada para o marido, que viajava até São Paulo, Leopoldina, como regente interina, declarava: “O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para seu monarca”.

A princesa assinou o Decreto da Independência no dia 2 de setembro de 1822. A notícia chegou até Pedro no dia 7 de setembro, o que impeliu a sua decisão de ratificar o documento e oficializar a separação com Portugal.

Quem proclamou a independência do Brasil?

De acordo com o relato do coronel Manuel Marcondes de Oliveira e Mello (futuro barão de Pindamonhangaba), o brado pela independência de D. Pedro I aconteceu às margens do Ipiranga, “junto a uma casinhola que ficava à beira da estrada, à margem daquele riacho”.

A construção é atualmente conhecida como “Casa do Grito” e fazia parte do cenário quando o príncipe regente parou o seu animal e gritou: “Viva o Brasil livre e independente!".

Se D. Pedro I foi o responsável por proclamar a independência, sua esposa, Leopoldina, assinou a documentação necessária para que o processo acontecesse, dias antes do futuro imperador declarar a separação entre Brasil e Portugal.

7 de setembro: feriado ou ponto facultativo

O dia 7 de setembro é considerado feriado nacional para todos os trabalhadores em território brasileiro. Outros segmentos, como as áreas de saúde, segurança, energia, comércio e transportes, são considerados essenciais.

De acordo com as normas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), trabalhar na data prevê hora extra remunerada em dobro. Nesse caso, o trabalhador deve receber um acréscimo de 100% no valor de sua hora normal (o dobro).

Em 2023, o feriado nacional acontecerá em uma quinta-feira, ficando a cargo de cada empregador decidir ou não pela extensão da folga até a sexta-feira, 8.

Primeira bandeira do Brasil: significado das cores

A primeira bandeira do Brasil foi desenvolvida pelo pintor Jean-Baptiste Debret, seguindo as recomendações de cores de D Pedro I. No centro, o brasão da família Bragança do imperador; representando a imperatriz, um losango amarelo para a dinastia Habsburgo de Leopoldina.

Três curiosidades sobre o 7 de setembro

Confira sete curiosidades sobre a independência do Brasil e os principais envolvidos em seu desenvolvimento.

1. “Independência ou morte”: a pintura de Pedro Américo

“Na área da pesquisa da história, temos o conceito de cânone e imagens canônicas. Por exemplo, a imagem de Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga dando o grito de ‘Independência ou Morte’ ou mesmo o quadro de Pedro Américo”, comenta o estudante de História da Universidade Estadual do Ceará (Uece), José Neto.

A obra de Américo, comissionada pela família real, foi produzida 66 anos depois do processo de independência do Brasil. O pintor, que ainda não havia nascido quando D. Pedro I se tornou imperador, buscou referências em pinturas europeias para representar o acontecimento.

“A narrativa histórica não é isenta de posições políticas e sociais, visto que a construção de imagem de D. Pedro I como herói nacional precisou ser construída em cima de símbolos como este (a pintura de Pedro Américo)”, completa Neto.

2. D. Pedro I estava com dor de barriga?

Parte da comitiva de D. Pedro I, o coronel Manuel Marcondes de Oliveira e Melo descrevia a condição do futuro imperador de forma contida.

“Segundo ele (Marcondes de Oliveira e Melo), a intervalos regulares D. Pedro se via obrigado a apear do animal que o transportava para 'prover-se' no denso matagal que cobria as margens da estrada”, revela o escritor Laurentino Gomes em seu livro “1822”.

3. Quanto custou a independência do Brasil?

O processo de separação entre Brasil e Portugal custou aos cofres do País recém-independente dois milhões de libras esterlinas. O dinheiro, considerado uma indenização ao antigo colonizador, permitiu um Tratado de Paz e Aliança em 1825.

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