Asteroide cruzará órbita da Terra: será perigoso? Dará para ver?

O asteroide batizado de 2023 CL3 cruzará a órbita da Terra nesta quarta-feira, 24 de maio (24/05). Com o tamanho de estimado entre 80 a 200 metros, a distância entre o asteroide e o planeta será de 7,2 milhões de quilômetros.

A passagem acontecerá pela manhã, às 9h53min UTC - 6h53min da manhã pelo horário de Brasília. Por estar em uma distância maior que dez vezes entre a Terra e a Lua, o asteroide só poderá ser visto por meio equipamentos especializados.

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O corpo celeste foi adicionado pela Nasa na lista Earth Close Approaches, que monitora rochas espaciais que passam perto da Terra. Ele também foi classificado como NEO (Objeto em Órbita Próxima a da Terra).

A passagem do asteroide é perigosa para a Terra?

Segundo o professor de astronomia Romário Fernandes, todos os dias rochas espaciais colidem com a Terra, entretanto a maioria tem um tamanho muito pequeno. “Coisa de um tamanho de um grão de arroz e que acabam se desintegrando na atmosfera”, explica o professor.

A maior parte dos asteroides presentes no sistema solar estão localizados entre os planetas Marte e Júpiter, no chamado Cinturão de Asteroides.

Porém, existe uma quantidade de asteroides que passam regularmente com sua órbita próxima ao planeta. A chance de um deles com o tamanho um “minimamente relevante” atingir a Terra é “sempre muito baixa”.

O professor de astronomia explica que a Nasa possui uma nomenclatura para classificar rochas especiais que apresentem algum tipo de perigo para a Terra, seriam “objetos potencialmente perigosos”. Ainda assim, eles ainda estão a uma faixa de milhões de quilômetros de distância.

Asteroide: mais que dez vezes a distância entre Terra e Lua

“7,2 milhões de quilômetros da Terra é mais de dez vezes a distância entre a Terra e a Lua”, esclarece Romário. Então, a distância que o 2023 CL3 passará é considerada segura e sem riscos de colisão.

Em um possível impacto com o planeta, os danos ainda podem ser baixos para a população terrestre. Um dos motivos, segundo o professor, é porque a maior parte da superfície da Terra é coberta por água, tornando mais provável o objeto cair nela.

Outro ponto que ele destaca é que a “maior parte da superfície seca” não é habitada por pessoas. Mas caso caia em uma região habitada, as consequências devem se restringir mais ao regional do que global, “não causando tantos transtornos”.

Asteroide: a passagem pode ser vista a olho nu?

Por sua distância e tamanho, não tem como enxergar a passagem do asteroide 2023 CL3 a olho nu. Sua observação só é possível com equipamento adequado e em locais escuros.

“Você imagina que esse objeto está 10 vezes mais que a Lua e tem um tamanho que é menos de um milésimo do tamanho da Lua. Então é absolutamente impossível vê-lo a olho nu”, explica o professor.

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