Conheça 5 cidades históricas que foram redescobertas pela humanidade

O POVO cinco cidades perdidas que foram encontradas por arqueólogos e estudiosos. Confira:

16:26 | Abr. 14, 2023

Por: Antoyles Batista
Thonis-Heracleion foi uma importante cidade portuária egípcia que ficava a 32 km de Alexandria (foto: Reprodução/ Franck Goddio/ Hilti Foundation)

Cidades perdidas no tempo e esquecidas pela maioria das pessoas sempre mexeram com o imaginário popular. No cinema, por exemplo, diversos filmes contam histórias de civilizações antigas com grandes tesouros.

Quem nunca ouviu falar do mito de Atlântida? A localidade mítica esconderia diversas riquezas, sendo uma grande cidade marcada pelo desenvolvimento econômico e tecnológico. Mas, diferente do conto que surgiu através dos escritos de Platão no século IV a.C., existem cidades que foram esquecidas ao longo do tempo e redescobertas por estudiosos.

Seja por desastres naturais, aumento no nível do mar ou situações desconhecidas, inúmeros povoados foram engolidas e se perderam com milhares de anos. Pensando nisso, selecionamos cinco cidades perdidas que foram reencontradas por arqueólogos. Confira:

A cidade de Heracleion

Thonis-Heracleion, também conhecido como Heracleion, foi uma importante cidade portuária egípcia que ficava a 32 km de Alexandria e atualmente está inteiramente submersa no mar. Ela foi construída há cerca de 2.300 anos, entretanto, detalhes sobre sua história ainda permanecem desconhecidos.

Apesar de sua grande importância histórica, foi somente em 2000 que Heracleion foi (re)descoberta pelo arqueólogo francês Franck Goddio e sua equipe do Instituto Europeu de Arqueologia Marítima. A localidade foi achada a pouco menos de 10 metros de profundidade no Mediterrâneo.

No local, os cientistas conseguiram uma grande quantidade de artefatos e ruínas recolhidos das edificações perdida. Entre elas estavam 64 navios, 700 âncoras, inúmeras moedas de ouro e imensas estátuas de quase cinco metros cada.

Entretanto, o mais notável achado foi um enorme templo feito para o deus Amun-Gereb e pequenos sarcófagos utilizados para enterrar animais que eram usados como oferendas na época.

Caral

Quando se pensa em civilizações antigas da América Latina, logo se pensa em Machu Picchu, mas Caral, que também no Peru, merece ser lembrada. Caral é uma cidade sagrada ainda mais antiga que sua "vizinha" mais famosa e guarda diversas histórias e achados importantes para a arqueologia.

Caral surgiu há mais de 5 mil anos no Vale de Supe, a 180 quilômetros ao norte da região atualmente conhecida como Lima, capital do Peru. A cidade permaneceu apenas como um local perdida até 1970.

Mas, apesar dos indícios achados na década de 70, foi somente 20 anos depois que escavações lideradas pela antropóloga Ruth Shandy Solís revelaram a estrutura da cidade. Agricultura estruturada, obras de arte, templos, praças, áreas residenciais, foram algumas das revelações que mais impressionaram os pesquisadores.

Em 2009, o local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Cidade de Luxor

Em janeiro deste ano, o governo do Egito anunciou a descoberta do que foi chamado como “restos de uma cidade romana inteira”, em Luxor, no Sul do país. As ruínas encontradas foram de uma cidade residencial datada da era romana com cerca de 1.800 anos.

Segundo a missão arqueológica egípcia, responsável pelo achado, o local seria uma espécie de extensão da antiga cidade de Tiba, um centro religioso, econômico e administrativo.

No local foram encontrados edifícios residenciais, duas torres de pombos, além de uma série de oficinas de metais que abrigavam potes, moedas romanas de ouro e bronze.

Por ser localizado perto do Rio Nilo, a localização pode indicar que Luxor era um centro importante de comércio. Lá também era produzido bens de consumo, como trigo, papiro e cevada.

Megalópole Maia

Em 2018 pesquisadores da Guatemala e da Europa anunciaram a descoberta de uma cidade maia perdida em uma selva guatemalteca de El Petén. Os estudiosos encontraram na época mais de 60 mil construções, pirâmides e fortaleza, graças a uma tecnologia de raio laser.

Estima-se que o local tenha sido residência de 10 milhões de pessoas. A cidade, que estava escondida pela selva, só foi encontrada por causa da tecnologia que revelou os contornos e estruturas das edificações históricas.

Também foram encontradas uma pirâmide de sete níveis e uma rede de vias que interligavam todos os pontos da cidade.

Mohenjo Daro

As ruínas de uma cidade feita inteiramente de pedra ficaram conhecidas como “Monte dos Mortos" logo após sua descoberta em 1922. Construída por volta do século XXVI a.C., a cidade até hoje esconde um grande mistério: o motivo do desaparecimento da civilização que habitava lá.

O local histórico fica na província de Sindh, no Paquistão, e estava escondido sob montes de terra irregulares que revelaram estruturas de construções bastante preservadas, já que os moradores locais evitavam se aproximar por acreditarem que se tratava de um local amaldiçoado. 

Cerca de 40 mil artefatos, incluindo uma estátua de bronze de uma dançarina, urnas de barro, fornos, travessas, brinquedos de barro e medidas de pedra foram encontradas nas escavações do local.

A exploração do local começou em 1914 quando o diretor do Distrito Arqueológico Ocidental em Mumbai, Rakhaldas Banerji, passou a investigar os estupos, os montes de terra para sepultamento revestido com pedra, perto da cidade de Dokri em virtude das lendas e boatos sobre maldições associadas ao local.

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