Semana de trabalho de 4 dias pode funcionar na sua área? Entenda

A prática foi testada em lugares como o Reino Unido, Estados Unidos e Japão. Entre os benefícios, os testes citam o aumento da produtividade

A proposta de uma semana com quatro dias úteis foi testada em países como os Estados Unidos, Irlanda, Japão e Nova Zelândia. Os testes objetivam esclarecer se a redução da jornada de trabalho, sem diminuição do salário, pode se tornar realidade.

Um teste coordenado em 2022 por seis meses pela organização 4 Day Week Global, em parceria com acadêmicos da Cambridge University, Boston College e University College Dublin, revelou os impactos da prática nos EUA e na Irlanda.

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Reino Unido aprova teste para semana com quatro dias de trabalho; VEJA

O maior grupo entre as 33 empresas colaboradoras foi indicado no relatório como parte das áreas “administrativa, TI [tecnologia da informação], e o setor de telecomunicações”, com 12 exemplos nessas categorias.

No tópico de saúde e bem-estar, dois em três funcionários (67%) relataram níveis mais baixos de burnout ou exaustão extrema, em comparação aos 20% que registraram uma pontuação mais alta.

“A receita [das empresas] cresceu cerca de 8% ao longo da pesquisa, e subiu 37,55% em comparação ao mesmo período em 2021”, concluiu o relatório.

Semana de quatro dias: Quais áreas podem se adaptar?

Em resposta ao portal da BBC, o diretor e cofundador do Centro de Excelência para a Redução do Tempo de Trabalho, em Toronto, no Canadá, Joe O’Connor, afirmou que a tendência está se espalhando em cargos que costumavam ser exercidos em escritórios.

“Realmente, isso está decolando como uma tendência notável em áreas como a de tecnologia, software, ICT [tecnologia de comunicação via internet, na sigla em inglês], serviços financeiros e profissionais [...]”, relata.

A viabilidade de uma semana mais curta também passa pela reestruturação de trabalhos organizados ao redor de cobrança por hora. O setor jurídico e a consultoria foram as duas ocupações destacadas no portal.

"Estamos começando a ver exemplos de empresas de advocacia migrando para semanas de quatro dias, deixando de cobrar por hora e sim por valor de projeto", começa O’Connor.

O profissional também propõe a redução de despesas gerais não-faturáveis na empresa, “para que suas equipes estejam mais focadas no trabalho do cliente”, justifica.

A prática trabalhista pode encontrar dificuldades em outros serviços, como o setor de restaurantes, varejo e saúde. A redução nas horas de trabalho dessas áreas poderia significar uma remuneração mais baixa.

Em outras categorias, as 32 horas de trabalho podem se transformar em uma ferramenta vantajosa para as empresas, como afirma O’Connor sobre o panorama da tecnologia.

"Você pode ver um cenário em tecnologia onde até 2026, não oferecer uma semana de quatro dias é quase uma desvantagem competitiva", afirma.

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