Segundo intercalar deixará de existir até 2035; saiba o que é e quais os impactos

Você sabia que o relógio do mundo está errado e que precisa ser ajustado anualmente? Entenda o que mudará depois que o "segundo intercalar" deixar de existir

Você sabia que todos os anos ocorre a adição de cerca de um segundo na contagem de tempo internacional do mundo? É isso mesmo, a cada ano há um acréscimo no denominado Tempo Universal Coordenado (UTC, em inglês), porém, esse processo está com os dias contados.

Até 2035, o chamado "segundo intercalar" deixará de existir, ao menos da forma como é conhecido atualmente. Ocorre que os dias não possuem exatamente 24 horas, ou 86,4 mil segundos, como somos ensinados ao longo de nossas vidas.

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Por causa disso, esporadicamente é necessário "corrigir" o tempo para que tenhamos como contar de forma exata a duração real dos dias conforme a cronologia do tempo solar, processo chamado de "segundo intercalar" ou adicional.

O que é o segundo intercalar?

Criado em 1972, o 'segundo intercalar' passou a ser adotado depois que foi descoberta - através de um relógios atômicos - uma diferença de milissegundos no tempo diário, quantidade que - quando somada - faria diferença no padrão do tempo civil em relação ao solar.

Para solucionar o problema o segundo adicional passou a ser adotado. As adições, a partir daquele ano iriam ocorrer em junho ou dezembro, sempre no meio ou ao final de cada ano. Em uma metodologia semelhante a questão do ano bissexto. 

Contudo, apesar de parecer fácil, a adição desse simples segundo pode causar complicações em computadores interconectados. Isto devido ao fato de eles não poderem se preparar para as adições de segundos que não ocorrem de forma regular.

Desta forma, esses sistemas, ainda que diferentes, passaram a desenvolver métodos individuais para que a "correção" no tempo ocorra. A partir disso, o objetivo da nova proposta, que deverá ser implementada até 2035, é criar um padrão de ajuste regular do tempo.

Por que o  segundo intercalar deixará de existir?

Em um mundo cada vez mais conectado, os sistemas financeiros, de transportes, de telecomunicações e as redes elétricas necessitam de extrema precisão temporal, considerando todo e qualquer milissegundo ou mesmo nanossegundos. Logo, um erro no cálculo arbitrário do segundo intercalar poderia gerar uma série de consequências graves.

Assim, em 18 de novembro deste ano, os países membros que compõem o tratado internacional  que rege o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla original), se reuniram em Versalhes, na França e decidiram por fim ao segundo intercalar em até 13 anos.

De acordo com o jornal The New York Times, essa resolução implica na inalteração do UTC - por meio de segundo intercalar - pelo período de cem anos, de 2035 a 2135.

O objetivo é encontrar soluções menos problemáticas para programar o tempo oficial mundial com a rotação terrestre. Entre as proposições está a inclusão de tempo superior a um segundo.

Tal atitude poderia diminuir a frequência com que as adições ocorreriam e, por consequência, afetaria menos os sistemas e reduziria também as chances de erros nesse processo, que além de contínuo, precisa ser executado com precisão, ao mesmo tempo, no mundo todo. 

No ano de sua criação, em 1972, foram acrescentados 10 minutos e 27 segundos nos anos anteriores e desde então uma série de adições no tempo foram feitas. Outra reunião sobre o assunto está agendada para ocorrer em 2026, a fim de alinhar os detalhes do fim do segundo intercalar

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