Além do coração de Pedro I: confira outras figuras históricas que têm partes do corpo expostas em museus

Listamos 5 figuras históricas que tiveram parte de seu corpo preservadas e foram expostas em museus

Famosas por ter marcado, de alguma forma, a história da humanidade, muitas pessoas são lembradas até hoje por sua área de atuação.

Por causa da sua importância, no período que viveram, alguns desses personagens históricos tiveram alguma parte do seu corpo retirada e conservada até hoje.

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E, em diferentes lugares do mundo, algumas destas partes estão expostas para o público. 

O POVO listou 5 figuras históricas que tiveram parte de seu corpo preservadas e foram expostas em museus.

Confira a lista de figuras históricas que têm partes do corpo expostas


Cérebro de Einstein

Em 2012, a exposição "Cérebro: A Mente como Matéria" expôs um pedaço do cérebro do físico alemão Albert Einstein, em Londres
Em 2012, a exposição "Cérebro: A Mente como Matéria" expôs um pedaço do cérebro do físico alemão Albert Einstein, em Londres (Foto: Divulgação)

Em 2012, a exposição "Cérebro: A Mente como Matéria" expôs um pedaço do cérebro do físico alemão Albert Einstein, em Londres.

Após a morte do cientista em 1955, o médico patologista Thomas Stoltz Harvey, responsável pela autópsia, retirou o cérebro e os globos oculares do cadáver sem o consentimento da família.

O corpo de Albert Einstein foi cremado por desejo dele, mas, de acordo com o "The Guardian", na época, o médico informou que a família havia autorizado que se mantivesse o cérebro em um museu - decisão que foi contestada posteriormente.

Harvey, que se dizia um grande admirador do físico, dividiu o órgão em 240 partes para estudos, colocando-as em lâminas de vidro, garantindo sua conservação.

A família ficou sabendo do ocorrido após uma reportagem no New York Times, que anunciava a retirada. O objetivo de Harvey era publicar o resultado dos estudos em revistas científicas e adquirir prestígio mundial

No entanto, ele perdeu o seu emprego e foi duramente criticado pela comunidade científica. Tempos depois, Hans Albert, o primeiro filho de Einstein, autorizou que o cérebro fosse mantido em um museu e analisado por motivos estritamente científicos.

Pênis de Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte atuou como líder de diversas campanhas militares bem-sucedidas.
Napoleão Bonaparte atuou como líder de diversas campanhas militares bem-sucedidas. (Foto: Reprodução/Jacques-Louis David/National Gallery of Art)


Medindo 3,8 centímetros, o pênis do líder militar francês Napoleão Bonaparte foi retirado durante a autópsia em 5 de maio de 1821. Por causa de sua notabilidade, a autópsia foi realizada por vários médicos ali presentes.

De acordo com Tony Perrottet, autor do livro "Napoleon's Privates: 2500 Years of History Unzipped" (As Partes Privadas de Napoleão: 2500 Anos de História Expostos, em tradução livre), a remoção do órgão genital foi feita por um dos especialistas presentes e oferecido ao padre italiano Ange Paulo Vignali.

Em 1916, o pênis, que estava guardado pela família do padre, foi comprado por um colecionador britânico.

Segundo o historiador, o órgão estava em uma pequena caixa de couro, congelado por temperaturas frias. Ele não foi colocado em formaldeído, um dos elementos que compõem o formol, "o que piorou o desgaste”.

Anos depois, em 1927, o pênis foi exposto em Nova York por um comerciante. Decorridos 50 anos, foi adquirido por John K. Lattimer, urologista e professor da Universidade de Colúmbia, por US $3.800. O pesquisador ficou com o item até 2007, quando morreu. 

O órgão, agora, está com a filha do professor, em Nova Jersey. 

O coração de D. Pedro I

O coração de Dom Pedro I, fundador e primeiro governante do Império do Brasil, está exposto no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O coração de Dom Pedro I, fundador e primeiro governante do Império do Brasil, está exposto no Palácio do Itamaraty, em Brasília. (Foto: SERGIO LIMA / AFP)

Personagem importante para a história do Brasil, Dom Pedro I morreu em 24 de setembro de 1834, vítima de tuberculose. O coração do monarca foi separado do seu corpo e, geralmente, está exposto para visitação.

O corpo do primeiro imperador do Brasil está sepultado na Cripta do Monumento à Independência, no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Porém, seu coração está há mais de 180 anos em um recipiente de vidro, preservado com formol, na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade portuguesa de Porto. 

O desejo de que seu coração fosse preservado e que ficasse guardado em Porto, uma das mais importantes de Portugal, partiu do próprio Dom Pedro, que redigiu um testamento com o pedido.

A cada dez anos é feita a troca do líquido que conversa o coração do monarca. Para abrir o recipiente, são necessárias cinco chaves.

Para comemorar os 200 anos da Independência do Brasil, de forma inédita, o coração de Dom Pedro I veio para o Brasil no dia 22 de agosto e ficará até 8 de setembro em exposição aberta ao público no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Dente e dedos perdidos de Galileu

Após seu falecimento em 1642, em Arcetri, na Itália, Galileu foi enterrado em uma sala na basílica de Santa Croce, em Florença
Após seu falecimento em 1642, em Arcetri, na Itália, Galileu foi enterrado em uma sala na basílica de Santa Croce, em Florença (Foto: Reprodução/ Wikimedia Commons)

 

O importante físico, matemático e astrônomo italiano Galileu Galilei, famoso pelas suas teorias na astronomia, entre elas, a de que a Terra orbitava o Sol.

Tal proposição culminou na perseguição pela Santa Inquisição, que o condenou a viver os seus últimos anos de vida em prisão domiciliar.

Após seu falecimento em 1642, em Arcetri, na Itália, Galileu foi enterrado em uma sala na basílica de Santa Croce, em Florença, sem identificação.

Quase cem anos depois, em 1737, a Igreja Católica permitiu que seu corpo fosse transferido para o local principal da igreja.

Contudo, durante a exumação do corpo, foram removidas partes de seu corpo, como relíquias: um dente, três dedos e uma vértebra.

Seu dedo médio da mão direita hoje pertence ao Museu de História da Ciência, em Florença.

Sua vértebra foi parar na Universidade de Pádua, onde ele foi professor. 

Corpo de Lenin 

Lênin faleceu em janeiro de 1924 e seu corpo foi exposto em um mausoléu, na Praça Vermelha, em Moscou
Lênin faleceu em janeiro de 1924 e seu corpo foi exposto em um mausoléu, na Praça Vermelha, em Moscou (Foto: Reprodução/ YouTube BBC)

O corpo de um dos principais líderes da Revolução Russa, em 1917, e o primeiro presidente da Rússia socialista, Vladimir Lênin, foi embalsamado e exposto em um mausoléu, na Praça Vermelha, em Moscou.

Lênin faleceu em janeiro de 1924. O primeiro plano era preservar seu corpo para realizar um grande funeral em homenagem ao importante líder. 

Pensando nisso, foi construído um mausoléu de madeira nas proximidades da Praça Vermelha, na Rússia, de onde seu corpo só é retirado para ser "reembalsamado". 

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