Telescópio Hubble registra nuvens celestiais e superestrela vermelha
As imagens capturadas pelo telescópio foram divulgadas pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia nesta semana
22:25 | Ago. 14, 2022
A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) e a ESA (Agência Especial Europeia) divulgaram nessa sexta-feira, 12, novas imagens registradas pelo telescópio Hubble: uma paisagem de “nuvens celestiais” em torno do objeto Herbig-Haro HH 505, na região da Nebulosa de Órion, a cerca de 1.000 anos-luz da Terra.
Além da estrutura espacial cintilante, dados sobre a história cósmica de uma estrela supergigante também foram descobertos.
Segundo informa as agências espaciais, os objetos Herbig-Haro são regiões luminosas localizadas ao redor de estrelas recém-nascidas, que se formam quando ventos estelares ou jatos de gás expelidos delas formam ondas de choque que colidem com gás e poeira em altas velocidades.
Ainda de acordo com a agências, a Nebulosa de Órion é uma região propícia para a formação massiva de estrelas, devido à intensa radiação ultravioleta originada de estrelas jovens e brilhantes. Por se localizar próximo à Terra, o local é uma das áreas mais examinadas pelo Hubble.
Em 2018, a Nasa compartilhou uma “viagem” pela nebulosa vista pelas lentes do telescópio de 32 anos.
Hubble: dados da superestrela Betelgeuse
Além das nuvens celestiais, o Hubble proporcionou dados científicos de uma estrela gigante vermelha, nomeada de Betelgeuse. A superestrela, uma das maiores já descobertas, foi responsável por uma gigantesca explosão, cerca de 400 bilhões de vezes maior que emissões do tipo provocadas pela nossa estrela, o Sol.
Em comunicado, a agência espacial norte-americana disse que isso é "algo nunca antes visto no comportamento de uma estrela normal" e que a supergigante vermelha que fica a cerca de 530 anos-luz da Terra ainda está se recuperando lentamente dessa "reviravolta catastrófica".
Ainda segundo o comunicado da Nasa, a estrela produziu a ejeção de material em 2019 e que o processo durou alguns meses, ficando perceptível até mesmo para observadores amadores, visto que ocorreu a formação de uma nuvem de poeira que bloqueava a luz da estrela aqui na Terra.
Para descobrir qual foi o material ejetado pela superestrela, os astrônomos irão analisar o supertelescópio James Webb.