Chocolate: conheça a história e seus benefícios

O chocolate nunca saiu das prateleiras dos supermercados, mas é na Páscoa que ele ganha espaço grandiosos no comércio. Você conhece a origem desse produto?

07:08 | Abr. 14, 2022

Por: Raquel Aquino
Chocolate: alimento é utilizado em ovos de páscoa e em várias sobremesas; saiba mais sobre a história e curiosidades do produto (foto: Reprodução/Freeppik)

Com a Páscoa de 2022 chegando, os presentes de chocolate nunca saem de moda. Seja no ovo ou como sobremesa, o produto já se tornou uma marca da data comemorativa. Mas você sabia que o chocolate nem sempre foi tratado apenas como um alimento?

A princípio, seu uso acontecia em rituais religiosos, celebrações e como moeda de troca - quando em forma de sementes de cacau, a fruta de sua origem. O POVO organizou essa e outras curiosidades sobre o alimento feito com base do cacau. Confira:

Chocolate: de onde surgiu o cacau?

Tudo começou na Mesoamérica antiga, atual México. Lá foram encontradas as primeiras plantações de cacau. Também na América Latina, os Olmecas foram os primeiros a fazer chocolate a partir do cacau.

O produto era inicialmente consumido enquanto bebida e era feito pela fermentação do fruto do cacaueiro, ele foi batizado de tchocolath (tchocol, de amargo, e ath, de água). Mais tarde, os Maias a nomearam de “bebida dos deuses” e passaram a mistura-la com milho e pimentas a fim de de atribuir espessura.

Chocolate: quando chegou à Europa?

Após uma expedição pela América (meados do séc XVI), Hernán Cortez foi responsável por levar o cacau para a Europa, mais especificamente para a Espanha, seu país.

Em sua retomada, incluiu a “água amarga” nos costumes europeus, dessa vez, adoçando a bebida com mel e açúcar. Rapidamente o chocolate se popularizou entre a elite e os membros da igreja europeia, que o incluíram em suas práticas religiosas.

Somente após quase um século, o chocolate se espalhou pelo continente e conquistou maiores espaços na culinária. Na Grã-Bretanha, foram criadas as “casas de chocolate”. Durante a revolução industrial, novas tecnologias permitiram transformar o grão do cacau em pó, possibilitando posteriormente que a sua mistura existisse em formato de barra de chocolate.

Em 1870, Daniel Peter, um chocolateiro suíço, adicionou o leite à mistura que formava o chocolate, criando assim o produto em sua principal forma de consumo até hoje.

Chocolate: quando chegou no Brasil?

Vindo da França, o cacau chegou ao Brasil como um presente para o fazendeiro baiano Antônio Dias Ribeiro. A prosperidade do fruto fez a região ficar conhecida pelos “coronéis do cacau”.

Em 1891, foi inaugurada a primeira fábrica de chocolate no Brasil pelos alemães Neugebauer e o sócio Gerhardt. Pouco mais de duas décadas depois (em 1912), a Lacta foi criada e seu sucesso levou à criação de outras marcas renomadas: Kopenhagen (1928) e Garoto (1929). Em 1959, a já famosa fabricante suíça Nestlé começou a fabricar chocolates no Brasil.

Chocolate: veja mais curiosidades sobre

  • O chocolate era um alimento importante do exército americano na Segunda Guerra Mundial, nessa época, foi descoberta a sua propriedade antidepressiva.
  • Nos últimos 3.500 anos, o chocolate assumiu diferentes formas, cores e sabores – bombom, oval, branco, amargo…
  • Em 2009, foi criada uma versão inalável do chocolate.
  • Uma barra de 100g de chocolate possui aproximadamente 80 grãos de cacau e 0,2% de cafeína.
  • Alemanha, Suíça e Bélgica são os maiores consumidores de chocolate do mundo. O consumo médio nesses países é de 11kg em um ano por pessoa, enquanto no Brasil essa média é de 2,5kg.
  • Aproximadamente três milhões de toneladas de chocolate são comercializadas por ano no mundo.

Chocolate: quais seus benefícios no corpo humano?

As dicas elencadas valem para o chocolate 70% cacau:

  • Sensação de bem-estar
  • Melhoria do fluxo arterial
  • Alto poder hidratante
  • Reduz dores e danos de acidente vascular cerebral
  • Estimula o sistema nervoso central
  • Aumenta o colesterol bom HDL e diminuir o colesterol ruim
  • Diminui a fome
  • Seus bioativos, como os flavonóides, protegem a pele contra os danos da radiação UV