Vira-lata caramelo é reconhecida como acompanhante e fica com o dono em hospital

O paciente era um homem em situação de rua com deficiência visual.

21:38 | Fev. 10, 2022

Por: Antoyles Batista
A cadelinha, chamada de Lucimara, ficou em frente a uma unidade de saúde de São Paulo esperando o tutor sair. (foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Uma cadela caramelo ganhou o direito de acompanhar o tutor até que ele tivesse alta médica. A vira-lata  chamada de Lucimara, permaneceu em frente à Santa Casa de São Paulo, durante dois dias, esperando o seu dono voltar. 

O paciente é um homem em situação de rua com deficiência visual. Ele foi atropelado e socorrido na unidade de saúde no último domingo, 6, por volta das 10h40min da manhã, e diagnosticado com traumatismo craniano. As informações são do portal G1.

Em entrevista à reportagem, o gestor-médico dos prontos-socorros da Santa Casa de São Paulo, Fábio Agostini do Amaral Gomes, contou que o paciente chegou ao hospital vítima de um trauma na região da cabeça e na companhia de uma cachorrinha.

"Logo na chegada todos se preocuparam com o paciente, mas também notaram a cachorrinha desesperada sem o dono. Ele estava dentro de um serviço de emergência que é referência de trauma e ainda tinha a dificuldade por ser deficiente visual", relatou.

Os funcionários contaram que o animal ficou em frente à Santa Casa de São Paulo no domingo, 6, dia que o homem foi socorrido, e na segunda, 7. O gestor-médico relatou que enquanto a cadela ficou do lado de fora, não parou de latir. Lucimara só ficou queita quando os profissionais levaram uma peça de roupa do tutor. Mesmo recebendo comida, ela não se alimentou.

"No decorrer da história, o administrativo resolveu identificar o cachorrinho como pertencente ao paciente, e então colocaram uma pulseira no pescoço", contou o médico.

O homem recebeu alta no fim da última segunda-feira, com o acompanhamento da sua amiga fiel. Para o médico, a presença do animal serve como um apoio que pode favorecer a recuperaçao do tutor, e é direto do paciente por ter deficiÊncia visual.