Australiano de 60 anos se defende de crocodilo com uma faca

Depois de sobreviver ao ataque em um remoto rio na península de Cape York, no norte da Austrália, o homem ferido dirigiu seu carro até o hospital

07:57 | Nov. 10, 2021

Por: AFP
Um crocodilo é retratado em Porto Jofre, Pantanal, estado de Mato Grosso, Brasil, em 1º de setembro de 2021 (foto: CARL DE SOUZA / AFP)

Um australiano de 60 anos escapou de um enorme crocodilo, cravando uma faca várias vezes na cabeça do animal, que tentava arrastá-lo para o rio - relataram autoridades locais na quarta-feira (10).

 

Depois de sobreviver ao ataque em um remoto rio na península de Cape York, no norte da Austrália, o homem ferido dirigiu seu carro até o hospital, informou o Departamento de Meio Ambiente do estado de Queensland.

 

O homem tinha ido pescar na semana passada em sua propriedade perto de Hope Vale, a cerca de cinco horas de carro da cidade de Cairns, e afugentou um touro da costa para tomar seu lugar. Foi nessa hora que o crocodilo atacou.

 

"Ele contou que viu o crocodilo segundos antes de que se lançasse sobre ele, quando se preparava para jogar a vara para pescar", continuou o comunicado.

 

Primeiro, o homem tentou se agarrar a um galho do mangue para evitar que o crocodilo, com suas mandíbulas já em volta das botas, levasse-o para o rio.

 

"O homem disse que, quando entrou na água, conseguiu tirar a faca do cinto e esfaqueou o crocodilo na cabeça até o animal soltou-o", completou o comunicado.

 

Após o ataque, ele conseguiu chegar ao carro e dirigir até o hospital local. Depois, foi transferido para o hospital de Cairns, onde continua se recuperando, uma semana depois.

 

Os agentes ambientais que o interrogaram confirmaram que os ferimentos eram consistentes com um ataque de crocodilo.

 

Por se tratar de uma área muito remota, eles não tentarão capturar o réptil. Para eles, o animal foi atraído pela presença do touro.

 

O número de crocodilos marinhos disparou desde que foram declarados espécie protegida em 1971. Ataques recentes têm reacendido o debate sobre o controle de sua população.

 

Esta espécie, que pode atingir até sete metros de comprimento e pesar mais de uma tonelada, é comum no norte tropical do país. Os ataques destes répteis são frequentes na região, embora raramente sejam fatais.