Brasileiros compram casas na Itália por 1 euro: "Já me vejo lá com o meu café"
A consultora explica, porém, que além do preço baixíssimo da casa, é necessário pagar parte d reforma da propriedade, que tem mais de 4 séculos de existênciaApós muito suor e bastante burocracia, a consultora de planejamento comercial Andreia Leda agora pode dizer finalmente que é proprietária de um imóvel da Idade Média no interior da Itália. A moradora de São Paulo, de 58 anos, comemora não apenas o fato de adquirir a casa, mas também o preço que pagou: apenas 1 euro, ou R$ 6,49, na cotação desta quinta-feira, 4.
O imóvel localizado na região de Toscana, que já foi cenário de filmes e encanta pela beleza, foi vendido por esse valor graças a um programa do governo italiano que serve como estratégia para revitalizar imóveis que tenham sido abandonados pelos donos, geralmente herdeiros que cedem os endereços em troca de abatimento nos impostos.
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Andreia integra um grupo de 34 brasileiros que compraram 16 imóveis na cidade. A consultora soube do projeto "Casa 1 Euro" em 2020, porém não possuía recursos financeiros para a reforma na época. É que para além do preço baixíssimo da casa, é necessário se comprometer com a reforma da propriedade sempre contratando mão de obra local. Os custos chegam a 20 mil euros (R$ 129 mil).
Tudo mudou quando o governo italiano lançou outro programa, em que ajudaria a custear a reconstrução da parte externa da edificação. Foi então que Andreia, que já tinha ido muitas vezes a trabalho para a Itália, resolveu fechar negócio e comprar a casa.
“As propriedades de 1 euro são praticamente pedras, compramos ruínas. Preciso reconstruir tudo e contratar arquitetos e construtores certificados, porque se trata de um patrimônio histórico”, explicou a consultora ao portal Metrópoles.
O grupo de brasileiros comprou os imóveis no bairro Vetriceto, que integra a comuna italiana Fabbriche di Vergemoli, da província de Lucca, sendo uma área um pouco mais alta na montanha, em uma cidade de aproximadamente 800 habitantes.
Andreia conta sobre os planos de abrir um comércio local. “Esses dois anos serão decisivos para aprender italiano e me organizar para abrir um negócio lá. Pensei muito em um café com viés brasileiro. Levar cafés brasileiros, brigadeiro e pão de queijo para a região”, explica.
Com a mudança, a consultora espera uma vida mais tranquila do que a que tem em São Paulo: “Eu já estou me preparando psicologicamente. Na hora certa, já me vejo lá com o meu café”.
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