O conto do Flautista de Hamelin e o sumiço de 130 crianças alemãs
O episódio que inspirou a história ocorreu na cidade alemã de Hamelin, no dia 26 de junho de 1284. De acordo com a lenda, o flautista usava roupa colorida e chamava atenção das criançasO Flautista de Hamelin é um conto folclórico originado na era medieval. A história foi reescrita primeiramente pelos irmãos Grimm, tendo como o nome dado a obra de “O Flautista de Hamelin". O conto, que foi adaptado ao longo dos anos, conta a história de um flautista que se comprometeu a livrar a cidade de uma infestação de ratos que assombrava os moradores.
O flautista usava uma vestimenta bem característica, uma roupa colorida que chamava atenção principalmente das crianças. Com a colaboração dos moradores na questão financeira, o homem utilizou do som de sua flauta para hipnotizar os ratos e os levarem embora do local. O que poucas pessoas sabem é que esse conto foi inspirado em uma história real, e com as longas mudanças, acabou virando um conto de fadas infantil.
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O fato até hoje é um mistério, mas há versões que dizem que o flautista não foi pago pelos moradores, e por conta disso, voltou à cidade e raptou as crianças com a música que soava do seu instrumento, assim como fez com os roedores. Com o som da sua melodia, meninos e meninas o seguiram para fora do local, e nunca mais voltaram. O episódio que inspirou a história, ocorreu na cidade alemã de Hamelin, no dia 26 de junho de 1284. Para além dessa versão, a tradição do conto continua na cidade, que possui cerca de 60 mil habitantes, localizada na região da Baixa Saxônia, na Alemanha.
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A tradição do conto do Flautista de Hamelin
Todos os dias, pela manhã, Michael Boyer veste uma meia-calça colorida e uma capa vermelha, pega sua flauta, e sai pelas ruas medievais da cidade. O homem repete o ritual há 26 anos. Em entrevista ao portal BBC, Boyer relatou que quando ele sai vestido assim, as pessoas tendem a confundi-lo com um super-herói, bobo da corte ou até mesmo com Robin Hood - o famoso personagem que rouba dos ricos para dar para aos pobres.
Michael faz bastante sucesso na cidade, principalmente com os turistas, que se encantam com a atmosfera que Hamelin pode proporcionar com sua arquitetura, e de brinde, podem ver e sentir de perto a lenda mágica do Flautista, materializada por ele. A cidade capitaliza tudo que é voltado à lenda do flautista, já que é sua principal fonte de economia, ainda de acordo com a BBC. Os restaurantes, por exemplo, servem pratos que remetem ao conto, como um que é chamado de "cauda de rato", preparado com carne de porco, fatiada em finos pedaços. As padarias, por sua vez, vendem doces e pães com formato dos roedores.
Boyer foi escolhido para dar vida ao "filho adotivo" mais querido da cidade - pelo menos quando se trata da economia do local - pois o conto atrai muitos turistas. Porém, ele também é muito odiado. Isso porque a lenda que o flautista raptou 130 crianças ainda está viva na mente de muitos moradores.
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O folclore por trás do Flautista de Hamelin ainda causa temor em algumas pessoas, dizem que o personagem é uma espécie de versão do bicho-papão universal, e que ele continua a assombrar a cidade. Ainda hoje os pais se preocupam em perder seus filhos. Embora os irmãos Green tenham transformado a história em um conto artístico, o acontecimento das 130 crianças jamais irá sair da cidade, pois está gravado nas paredes de Hamelin.