O homem foi realmente à Lua? 8 teorias sobre a "farsa" da Apollo 11
As teorias são concentradas nos registros de foto e vídeo divulgados pela Nasa em 1969, há exatos 50 anos, quando da primeira ida bem sucedida de humanos a um corpo celestial
23:18 | Jul. 16, 2019
Para difusores de teorias da conspiração, a demora para um humano voltar à Lua é prova de que os americanos nunca pisaram lá, e que as imagens divulgadas a partir da Apollo 11 não foram mais que montagens feitas em estúdios de televisão e em desertos nos Estados Unidos. Desde 1972 os americanos não enviam missões tripuladas à Lua.
São centenas de teorias. Algumas menos absurdas que outras; a maioria concentrada nos registros de foto e vídeo divulgados pela Nasa em 1969, há exatos 50 anos, quando da primeira ida bem sucedida de humanos a um corpo celestial.
"Ir à Lua é caro e perigoso. Você não vê todo mês um mesmo alpinista subindo ao topo do Everest. É um processo perigoso, como já houve acidentes com ônibus espaciais. Existem muitas especulações, conspirações, mas todas são rebatidas e não há porque duvidar. Inclusive, amostras de rocha lunar foram validadas até pela União Soviética", analisa Ednardo Rodrigues, professor de astronomia da Seara da Ciência da Universidade Federal do Ceará.
Você acredita que os americanos realmente pisaram na Lua? Selecionamos algumas das teorias mais famosas (mesmo antes do surgimento das redes sociais e da popularização da internet). As explicações contêm a resposta popular de fontes oficiais.
Hipótese 1: Seria necessário ter umidade no solo para que se formasse uma pegada
Explicação: A poeira é silicato, a qual se compacta muito no vácuo. Astronautas compararam a superfície da Lua com "talco”. Fontes: entrevista de Buzz Aldrin, em 1998. Diálogo de Neil Armstrong com a base na Terra, em 1969 (Nasa).
Hipótese 2: As pegadas não são compatíveis com as botas que voltaram à Terra
Explicação: Os astronautas usavam uma bota por cima da outra (overboot). A bota externa ficou na Lua, porque era pesada e faria peso desnecessário no regresso. Fonte: Nasa
Hipótese 3: Na foto da porta de entrada da missão Apollo 11, disponível no site da Nasa, há diferentes sentidos de sombra. Na Lua, onde a única fonte de luz é o Sol, todas as sombras deveriam ser paralelas.
Explicação: As fotos foram combinadas em computador para simular um panorama. Veja:
Hipótese 4: A Terra aparece em tamanho diferente e o solo lunar tem coloração variável, a depender da foto (imagens do site da própria Nasa)
Explicação: Lentes e câmeras diferentes foram usadas por Aldrin e Armstrong. Leia sobre as Hasselblad, Maurer e Kodak diretamente no site da Nasa
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Hipótese 5: Faltam as estrelas no fundo de todas as fotos. Com a ausência da atmosfera, as estrelas seriam ainda mais reluzentes
Explicação da Nasa: “As câmeras foram configuradas à curta exposição (quantidade de luz que o sensor da câmera absorve)”
Hipótese 6: A bandeira dos EUA aparece tremulando na superfície lunar. Porém, não existe vento na Lua
Explicação: A bandeira permaneceu estática. O movimento foi causado pelos próprios astronautas, ao fincá-la. Fonte: UK National Space Centre in Leicester
Hipótese 7: Os astronautas jamais sobreviveriam à viagem devido à radiação do cinturão de Van Allen (concentração radioativa no campo magnético terrestre)
Explicação: A Lua está dez vezes mais alta que os cinturões de Van Allen. As espaçonaves atravessaram os cinturões em apenas 30 minutos e os astronautas estavam protegidos da radiação pela carcaça de alumínio da espaçonave.
Hipótese 8: Os seis pousos lunares aconteceram durante o primeiro mandato de Richard Nixon e nenhum outro líder de outra nação jamais declarou ter enviado astronautas para a Lua, mesmo que a tecnologia tenha se popularizado nas últimas cinco décadas
Explicação: Houve desinteresse político de outros presidentes. O investimento altíssimo (na casa dos bilhões de dólares) foi aplicado em outras áreas. Fonte: Administrador da Nasa, Jim Bridenstine