Cometa recém-descoberto surpreende ao aumentar brilho em 30 vezes, se desintegrar e deixar rastro no céu
O cometa Swan tem um brilho esverdeado e tem intrigado astrônomos pelo aumento de sua luminosidade seguido pelo início de sua desintegração ao se aproximar do Sol
O recém-descoberto cometa C/2025 F2 (Swan), que chamou a atenção de astrônomos devido ao seu brilho intenso, deve desaparecer em breve. O astro, embora pouco conhecido, aumentou seu brilho em mais de 30 vezes desde que foi descoberto e estava intrigando cientistas, mas uma nova imagem capturada indica que ele está se desintegrando.
Desde que foi avistado pela primeira vez, em 23 de março deste ano, a luminosidade do corpo celeste aumentou tanto que é possível observá-lo com binóculos no no Hemisfério Norte. Era esperado que o ápice do brilho do astro acontecesse no dia 1º de maio, caso permanecesse inteiro ao se aproximar do Sol.
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O cometa foi descoberto pela dupla de astrônomos amadores Vladimir Bezugly e Michael Mattiazzo durante a análise de imagens feitas pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO, na sigla em inglês). O equipamento conta com administração da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA).
O cometa Swan está se desintegrando
A expectativa de que o Swan atingisse seu nível máximo de brilho no início de maio foi quebrada em 22 de abril a partir de observações do Projeto Telescópio Virtual da Itália. Os registros obtidos pelo sistema robótico comprovaram o processo de desintegração do corpo celeste.

As imagens mostram um ligeiro enfraquecimento do brilho do Swan. Ele aparece com contornos esmaecidos e sem sinais da presença de um núcleo no interior. Essa é a evidência definitiva que confirma a hipótese de que ele tenha se desintegrado.
Os cometas são, em geral, corpos rochosos compostos por gelo, poeira e gases estrelares. O Swan se enquadra perfeitamente em tal definição e com sua aproximação do Sol, o gelo presente na estrutura se desfez e liberou gases.
Esse processo de desintegração pode ser a razão pelo qual o cometa parecer mais brilhante anteriormente, despertando a curiosidade da comunidade científica.
Cometa Swan se destaca pelo brilho e pela imprevisibilidade
Em meio a outros cometas recém-descobertos, o Swan se destaca por já ter um brilho consideravelmente maior no momento em que foi notado. "Explosões" como pela qual o astro passou são comuns em cometas que se aproximam muito de estrelas pela primeira vez.
O corpo celeste tinha um brilho com tom esverdeado e deixou um rastro ainda visível de poeira no céu do Hemisfério Norte. Isso se deve ao carbono diatômico (C₂) presente na estrutura do Swan, que libera um gás na cor verde quando iluminado por raios solares.
O cometa poderia ser visto no Brasil
Quando atingisse o ponto mais próximo ao Sol no dia 1º de maio, o cometa teria sua melhor visibilidade caso não houvesse desintegração. A partir de então, as pessoas que vivem no Hemisfério Sul, incluindo o Brasil, também conseguiriam observá-lo, porém, sob condições mais restritas.
O Swan poderia ser mais bem avistado por quem está no sul do planeta por volta do dia 17 de maio, mas, com a desintegração repentina, isso não será mais possível como antes.
O rastro luminoso deixado pelo astro, porém, continuará sendo visto da Terra até que toda luz emanada por ele se dissipe no vasto do espaço.
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