Conheça novo gel que imita pele humana e tem capacidade regenerativa
O hidrogel tornou-se o primeiro a combinar a rigidez e as propriedades de regeneração da pele humana; entenda como pesquisa foi desenvolvida
Uma publicação de pesquisadores da Universidade de Aalto, na Finlândia, e da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, apresentou um hidrogel com estrutura capaz de replicar a rigidez e as propriedades de autocura da pele humana.
O estudo, compartilhado na sexta-feira, 7, no periódico científico Nature Materials, destaca que os hidrogéis sintéticos não mostraram anteriormente as duas combinações ao mesmo tempo.
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“As abordagens atuais de enrijecimento inevitavelmente suprimem a dinâmica de cadeia/ligação necessária para a autocura”, indica o artigo sobre os desafios.
Contudo, a nova proposição superou as limitações prévias ao adicionar “nanofolhas de argila específicas excepcionalmente grandes e ultrafinas aos hidrogéis, que são tipicamente macios e esponjosos”.
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Novo gel que imita pele humana: conheça estudo
O resultado conduz a “uma estrutura altamente ordenada com polímeros densamente emaranhados entre as nanofolhas”. Na prática, além das capacidades mecânicas encontradas no hidrogel, a produção também permite que o material possa ser auto-reparado.
Em nota, um dos pesquisadores da universidade finlandesa, Hang Zhang, argumenta que “quando os polímeros estão completamente emaranhados, eles são indistinguíveis uns dos outros”.
“Eles são muito dinâmicos e móveis no nível molecular, e quando você os corta, eles começam a se entrelaçar novamente”, acrescenta.
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O material, após ser cortado com uma faca, apresentou de 80% a 90% de regeneração cerca de quatro horas depois. Após 24 horas, normalmente estava “completamente reparado”.
Outro ponto explorado destaca que um hidrogel de um milímetro de espessura contém 10 mil camadas de nanofolhas. Logo, o material seria “tão rígido quanto a pele humana”, oferecendo ainda um “grau comparável de elasticidade e flexibilidade”.
“Hidrogéis rígidos, fortes e auto-regenerativos têm sido um desafio há muito tempo. Descobrimos um mecanismo para fortalecer os hidrogéis convencionalmente macios”, diz Zhang. “Isso pode revolucionar o desenvolvimento de novos materiais com propriedades bioinspiradas”.
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