Conheça espécie de lagarto que usa bolhas nas narinas para ficar mais tempo debaixo d'água

De acordo com pesquisadores, o réptil Anolis pode ficar cerca de 18 minutos debaixo d'água; veja vídeo

No reino animal, existem muitas espécies que utilizam "truques" para se defender de seus predadores. Entretanto, um lagarto, cujo nome científico é Anolis aquaticus, é capaz de respirar debaixo d'água por até 18 minutos com uma técnica especial que usa bolhas de ar para prolongar sua permanência submerso.

Cientistas da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, publicaram um estudo, na última quarta-feira, 18, com detalhes dessa capacidade de produzir bolhas especiais debaixo d’água.

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Lagartos fazem uma espécie de câmara de ar para respirar de baixo d'água e escapar de predadores

A espécie Anolis aquaticus, é encontrada em pedras e plantas perto de riachos florestais na América do Sul, como na Costa Rica e no Panamá. Tem o tamanho de um lápis e mergulham nesses rio para escapar de predadores.

Quando não conseguem se camuflar para evitar o ataque de pássaros e cobras e animais maiores, esses invertebrados costumam, com uma última tentativa pular na água e se livrar do perigo. 

Embora já se conhecesse essa capacidade em invertebrados, o estudo revelou algumas dúvidas ainda existentes sobre essa função.

Dra. Lindsey Swierk, professora assistente de pesquisas em ciências biológicas, disse em entrevista à CNN estadunidense que foram levantadas várias hipóteses quando os pesquisadores assistiam ao vídeo que mostra o lagarto utilizando essa função para respirar.

A cientista já estuda os anolis aquáticos há quase dez anos, mas foi em 2021 que ela se uniu a outros pesquisadores para descrever o comportamento de respiração por bolhas nas espécies de lagartos do gênero Anolis.

Confira vídeo do momento que lagarto usa bolha de ar para respirar debaixo d’água

 

Pele de lagarto que consegue respirar debaixo d'água fazendo bolhas de ar é hidrofóbica

O experimento foi dividido em dois grupos de animais. No primeiro, uma substância foi aplicada à pele dos lagartos, impedindo que essas bolhas se formassem.

“A pele do lagarto é hidrofóbica. Normalmente, isso permite que o ar grude firmemente na pele e que essa bolha se forme. Mas, quando você cobre a pele com um creme hidratante, torna-se mais difícil para o ar grudar na superfície da pele”, conta Lindsey Swierk, responsável pelo projeto, em comunicado.

Quando comparado com o segundo grupo, que não teve sua pele alterada, os pesquisadores analisaram o número de bolhas e a quantidade de tempo que os animais conseguiam permanecer embaixo d’água.

De acordo com os resultados dos testes, o grupo que respirava com o auxílio de bolhas conseguiu permanecer submerso por 32% mais tempo do que os que foram impedidos de formar a bolha.

"Isso é realmente significativo, porque é o primeiro experimento que realmente mostra a relevância adaptativa das bolhas", diz Swierk. "Respirar com bolhas permite que os lagartos fiquem debaixo d'água por mais tempo, onde podem escapar de muitos predadores", conclui.

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