"Júpiter Quente": planeta azul tem chuva de vidro e fedor de ovo podre

Conhecido como Júpiter Quente, HD 189733b tem temperaturas que chegam a 1000°C e está localizado a 64 anos-luz da Terra

Cientistas da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, utilizaram dados do Telescópio Espacial James Webb para estudar o exoplaneta conhecido como HD 189733 b. Conhecido como "Júpiter Quente", o planeta azul tem temperaturas que chegam a 1000°C e está localizado a 64 anos-luz da Terra. Aa informações foram divulgadas em estudo publicado na revista Nature aprovado no último dia 26 de junho. 

Um planeta que se encontra fora do nosso Sistema Solar, na órbita de outras estrelas, é considerado exoplaneta.

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Os cientistas americanos descobriram que a atmosfera do Júpiter Quente tem traços de sulfeto de hidrogênio, uma molécula responsável pelo cheiro característico de ovos podres e dos gases liberados na flatulência dos seres humanos.

Outro fato curioso é que a chuva no planeta é feita de vidro por causa da proximidade com o seu sol e por ser formado por gases. Os ventos podem chegar a mais de 8.000 km por hora.

De acordo com o Dr. Guangwei Fu, astrofísico da John Hopkins que liderou a pesquisa, “se o nariz humano funcionasse a 1000°C, a atmosfera do planeta cheiraria a ovos podres”, afirma em entrevista publicada na BBC.

“Não estamos procurando vida nesse planeta”

O fator principal para que o HD 189733b não seja um planeta habitável é sua temperatura altamente elevada. Ainda sim, a presença de sulfeto de hidrogênio pode indicar a possibilidade de planetas distantes abrigarem organismos alienígenas.

“Não estamos procurando vida nesse planeta porque ele é muito quente. Mas encontrar sulfeto de hidrogênio é um trampolim para encontrar essa molécula em outros planetas e entender melhor como os diferentes tipos de planetas se formam”, disse o Dr. Fu.

Telescópio avançado

Nos próximos meses, a equipa de Fu pretende usar dados do telescópio espacial para rastrear o enxofre em outros exoplanetas e entender como níveis elevados da substância influenciam para essa distância se formar de suas estrelas-mãe.

“Está realmente revolucionando o campo da astronomia. Cumpriu o que foi prometido e até superou as nossas expectativas em certos aspectos”, disse ele.


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