Vírus ‘gigante’ pode ajudar contra derretimento da camada de gelo

A descoberta de cientistas da Universidade Aarhus, na Dinamarca, pode influenciar na concentração de algas e retardar o derretimento do gelo; entenda

Um estudo publicado na revista Microbiome em maio encontrou um possível aliado para retardar o declínio do gelo no Ártico: um vírus “gigante” no manto de gelo da Groenlândia. Em especial, a sua potencial influência no crescimento de algas glaciais.

As assinaturas virais gigantes recebem esse adjetivo em comparação ao tamanho normal de outros vírus, que variam até cerca de 200 nanômetros. Por outro lado, os vírus “gigantes” possuem 2,5 micrômetros, considerando que 1 nanômetro é o equivalente a 0,001 micrômetro.

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Os pesquisadores da Universidade Aarhus, na Dinamarca, responsáveis pela descoberta, destacam em seu artigo que as informações sobre a diversidade e a função ecossistêmica dos vírus indicados em habitats terrestres gelados “ainda são muito limitadas”.

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Vírus ‘gigante’: como ele pode ajudar?

O vírus gigante - ou especificamente o supergrupo de vírus de DNA nucleocitoplasmático grande (NCLDV), encontrado na Groenlândia - é capaz de infectar células eucarióticas e proporcionar um controle biológico sobre a população de algas nesses ecossistemas.

É a primeira vez que vírus gigantes são encontrados vivendo na superfície do gelo e da neve dominada por microalgas, de acordo com a coautora do estudo, Laura Perini, em comunicado à imprensa.

“Analisamos amostras de gelo escuro, neve vermelha e buracos de derretimento (crioconita). Tanto no gelo escuro como na neve vermelha encontramos assinaturas de vírus gigantes ativos”, explica.

Apesar de seu tamanho, os vírus não podem ser vistos a olho nu e foram descobertos por meio da análise de todo o DNA das amostras coletadas.

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