Dermatite atópica: cientistas criam tratamento acessível em creme

Creme foi criado por cientistas da UFRJ; novo tratamento para dermatite atópica pretende ser alternativa às pomadas, mais caras e de difícil remoção

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um novo tratamento para dermatite atópica. A pesquisa foi publicada este mês na revista Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences.

A invenção é um creme com tracolimus na concentração de 0,1%. A substância, descoberta nos anos 1980, já é usada para tratamento de dermatite atópica, seborreia, psoríase e vitiligo.

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No entanto, as medicações presentes no mercado são vendidas na forma de pomada. A formulação é contraindicada caso haja certos tipos de lesões cuâneas, e deixa a pele pegajosa, além de ser de difícil remoção.

Estes problemas eram motivo de reclamação de pacientes atendidos pela farmácia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Embora recebesse receitas com solicitação do tracolimus em creme, o local não podia executar os pedidos pela falta de estudos embasando o uso desta apresentação.

Os cientistas da UFRJ chegaram a experimentar também a criação de um gel. O creme, no entanto, apresentou resultados melhores nos testes realizados.

Após 90 dias, o creme de tracolimus manteve as propriedades físicas e químicas de quando foi produzido, indicando que a formulação é estável. Os cientistas também descobriram que a fórmula funciona com eficácia similar às pomadas disponíveis atualmente.

Não há data prevista para a disponibilização do novo tratamento. Os experimentos de laboratório foram feitos em ratos, e próxima etapa da pesquisa será o teste em humanos. Caso seja possível garantir que o creme de tracolimus é seguro, ele poderá ser oferecido como alternativa às pomadas. Com a produção realizada por um laboratório público, o medicamento também teria custo menor que os disponíveis no mercado.

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