Cometa recém-descoberto passará pela Terra esta semana; saiba como ver

Chamado Nishimura, objeto foi encontrado por astrônomo japonês em agosto; próxima passagem do cometa pela Terra só ocorrerá daqui a mais de 400 anos

06:34 | Set. 12, 2023

Por: Bemfica de Oliva
Imagem do Nishimura capturada com telescópio em 25 de agosto; cometa será visível do Brasil no próximo domingo, 17 (foto: SomeAstroStuff / Wikimedia Commons / CC-BY-SA 4.0)

O recém-descoberto cometa Nishimura passará pela Terra ao longo desta semana. O objeto, que será visível a olho nu, fará sua "visita" ao planeta pela primeira vez em mais de 400 anos.

O Nishimura foi encontrado no começo de agosto por um astrônomo amador japonês. O cálculo da trajetória revelou que o objeto passa pela Terra a cada 437 anos. Com isso, a última vez que foi possível observá-lo foi em 1586.

Cientistas, no entanto, não encontraram registros históricos sobre a ocorrência - desde o começo da civilização, é comum que acontecimentos astronômicos visíveis sejam documentados, mesmo milênios antes de a humanidade entender do que se tratavam.

Deste modo, o "C/2023 P1" - nome científico do cometa - foi considerado como tendo sido descoberto por Hideo Nishimura em 12 de agosto deste ano. É possível que ele faça parte do grupo de meteoros Sigma Hybrids, que é visível anualmente no começo de dezembro.

Como ver o cometa Nishimura

A observação do Nishimura será possível ao longo do mês de setembro. A melhor data, no entanto, é o próximo domingo, 17.

Neste dia, será possível observar o Nishimura a olho nu. Usar um binóculo, telescópio ou luneta melhora a visualização.

Para ver a cauda do Nishimura, o ideal é estar em um local alto, sem interferências no campo de visão. Regiões com pouca iluminação artificial ajudam a visualizar o cometa.

O Nishimura estará visível perto da linha do horizonte, pouco antes do amanhecer. Tempo nublado ou chuvoso, no entanto, pode deixá-lo difícil de enxergar. A cauda do Nishimura pode ser distinguida dos demais corpos celestes como uma linha fina, de cor esverdeada.

Será mais fácil enxergar o Nishimura no Hemisfério Norte. Ainda assim, será possível vê-lo do Brasil, mas com menos intensidade e por menos tempo.

Mais notícias de Ciência