Fusão nuclear: pesquisa gera avanço histórico na geração de energia limpa

Descoberta de pesquisadores nos EUA pode ajudar na criação de fontes limpas e renováveis de energia. Custos para expandir esta tecnologia, porém, é enorme

Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira, 13, um avanço histórico na fusão nuclear, algo que pode revolucionar a produção de energia na Terra. O Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), ligado ao Departamento de Energia americano, informou, via Twitter, que seu experimento "produziu mais energia de fusão do que a energia laser usada" para causar a reação.

Por ser considerada pelos cientistas uma fonte de energia limpa, abundante e segura, ela possibilita a quebra do uso de combustíveis fósseis, o que resolveria problemas complexos e emergentes da humanidade, como o fornecimento de energia limpa para combater as mudanças climáticas e manter um impedimento nuclear sem a necessidade de testes nucleares.

Jennifer M. Granholm, secretária de Energia, aponta, em entrevista coletiva, que o trabalho "ficará nos livros de história”, por ser considerada uma conquista que vinha há décadas sendo buscada.

Durante comunicado nesta terça, a diretora da LLNL, Kim Budill, afirmou que “atravessar este limiar é a visão que conduziu 60 anos de busca dedicada. Esses são os problemas para os quais os laboratórios estadunidenses foram criados para resolver. Alcançá-lo é um triunfo da ciência, da engenharia e, acima de tudo, das pessoas."

No laboratório em que o experimento foi conduzido, a construção custou cerca de US$ 3,5 bilhões (equivalente a R$ 18,43 bilhões). O preço do ITER, outro projeto que visa atingir a próxima fase na evolução da energia nuclear como meio de gerar eletricidade isenta de emissões, até agora, ultrapassa a casa dos US$ 20 bilhões (R$ 112,7 bilhões), inviabilizando a expansão dos dois projetos para os demais territórios internacionais. 

Conforme divulgado pela Fusion Industry Association, mais de 30 empresas estão trabalhando na tecnologia. Dois terços delas estão localizadas nos Estados Unidos. 

Com AFP

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