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Festa para público LGBTT em Tururu é encerrada a tiros pela Polícia

O destacamento da Polícia Militar informou que a organização da festa não tinha permissão para acontecer depois da meia noite. Segundo os responsáveis pelo evento, festa poderia ocorrer até às 2 horas
14:42 | Abr. 11, 2016
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia
Uma festa voltada para o público LGBTT, no município de Tururu, a 124,9 km de Fortaleza, foi interdiata pela Polícia Militar (PM) no último sábado, 9. De acordo com a organização da 5ª Festa do Arco Íris, o evento foi encerrado com uma "ação truculenta" da Polícia, cerca de duas horas antes do que estava previsto para terminar. Segundo relatos, a Polícia chegou a atirar para cima para dispersar o público. A ação ocorreu após registro de denúncia anônima.
 
O produtor de eventos Henrique Feitosa, de 27 anos, afirma que a festa estava regular e os documentos foram apresentados aos policiais. "Tentamos fazer o evento acontecer, mas disseram que era tudo em vão", conta. Feitosa relata que os presentes ficaram "revoltados" com ação e gritaram expressões de ordem como "contra o preconceito". "Foi quando a Polícia atirou pra cima e as pessoas correram. Tinha famílias lá, foi um terror".
 
A festa começou às 22 horas e a equipe do destacamento policial chegou pouco depois de meia noite. "Eles (PM) pediram os documentos e chamaram o dono do clube. Disseram que mesmo com a documentação, o extintor não estava no local certo. Como lá é um campo aberto, o extintor fica no bar".
 
A Festa Arco Íris foi criada em 2011 como ação de luta contra o preconceito. "As pessoas do Interior não têm a mente muito aberta, então criamos esse movimento para conscientizar que tem muita seriedade nesse meio. Não é apenas uma festa, é também um trabalho. É um movimento sério", explica Henrique. Segundo a organização, cerca de mil pessoas estavam presentes.
 
O POVO Online tentou entrar em contato com o comandante do destacamento, Ricardo Moura, mas ele não estava no local e nem atendeu às ligações. De acordo com o sargento Patrício Pinheiro, que não trabalhou no fim de semana, a festa foi encerrada por causa do barulho, além da falta do extintor. Ainda segundo ele, a organização da festa só tinha permissão para o evento acontecer até meia noite. A reportagem também tentou contato com o proprietário do Clube Forró do Povo, mas as ligações não foram atendidas.

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