Operação prende suspeitos de extorquir comerciantes pelo WhatsApp

Organização criminosa extorquia comerciantes por meio do WhatsApp e atirava contra estabelecimentos e residências

17:09 | Jun. 12, 2017

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[FOTO1]Dois homens suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa que extorquia comerciantes do Distrito de Olho d'água da Bica, zona rural de Tabuleiro do Norte, foram presos durante uma operação da Polícia Civil com apoio da Polícia Militar na manhã desta segunda-feira, 12. Dez armas foram apreendidas na ação.

De acordo com o titular da delegacia de Tabuleiro, Gutemberg Moreira, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão. Um dos objetivos era ter acesso aos celulares dos envolvidos, pois muitas das ameaças eram realizadas pelo aplicativo WhatsApp.

Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidas 10 armas, entre elas espingardas e revólveres. Segundo o comandante da área de Tabuleiro do Norte, major José Rocha de Menezes, a ação teve apoio da Polícia Militar.

O oficial diz que grupo busca obter o levantamento do poder aquisitivo de alguns comerciantes do distrito de Olho D'água e a partir daí começa a ligar para os números das vítimas. Eles ameaçam matar familiares dos comerciantes e atear fogo nos estabelecimentos.

A organização exige quantias que vão de R$ 50 mil a R$ 100 mil para que a família e o comércio da vítima não sejam atacados. O oficial diz que pelo menos cinco pessoas da região foram vítimas da extorsão.

Extorsões

Conforme o major Menezes, esse tipo de prática tem se tornado frequente na região de Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte e Jaguaribe. No caso de Limoeiro, as práticas seriam realizadas por detentos. Na operação foram presos João Lúcio das Neves, de 44 anos e Alberto Riccelli Antônio Rebouças, 35 anos, ambos com armamento.

"Os criminosos vêm a noite e efetuam disparos perto das residências e dos comércios das vítimas. Alguns comerciantes chegam a pagar e não avisam a Polícia por medo, isso fortalece o crime", ressalta o comandante.

O delegado Gutemberg diz que as vítimas não colaboravam por temer represálias e algumas pagaram o valor exigido pelos criminosos.

Após a operação, os celulares apreendidos devem servir de base para a identificação do restante da organização.

Ações

Segundo o coronel Gilvandro Oliveira, as ações são um trabalho de integração entre o Comando de Policiamento do Interior Sul  (CPI Sul) e o Departamento de Polícia Civil do Interior Sul (DPI Sul).