Velório de estudante baleado por colega em Sobral reúne família e amigos neste domingo, 9

O enterro aconteceu no fim da tarde deste domingo. Aluno foi baleado na última quarta-feira, 5, junto com outros dois alunos, por um colega dentro de uma sala de aula da Escola de Ensino Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes

O velório do estudante Júlio César de Souza Alves, 15, reuniu, neste domingo, 9, família e amigos do jovem em Sobral, a 234 quilômetros de Fortaleza. O estudante foi baleado na última quarta-feira, 5, junto com outros dois alunos, por um colega dentro de uma sala de aula da Escola de Ensino Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes, no bairro Sumaré, na cidade da região norte do Estado.

Júlio César de Souza Alves tinha 15 anos e foi baleado em escola em Sobral
Júlio César de Souza Alves tinha 15 anos e foi baleado em escola em Sobral (Foto: Reprodução / Redes sociais)

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O velório iniciou na casa dos avós de Júlio César, no bairro Santa Casa, em Sobral e depois o corpo do aluno seguiu para a Igreja São José, no bairro Sumaré.

A igreja fica em frente à escola onde o jovem estudava e onde aconteceu o caso. O enterro foi realizado no fim da tarde deste domingo em um cemitério do município.

O óbito do estudante foi confirmado nesse sábado, 8, pela governadora do Ceará, Izolda Cela, em publicação nas redes sociais.

“Recebi, com profundo pesar, a notícia da morte do nosso estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos”, disse a gestora, que prestou sentimentos aos familiares e amigos do aluno neste “momento de dor”.

O estudante estava entubado desde quarta-feira, 5, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Santa Casa de Misericórdia de Sobra,l após ser atingido na cabeça por disparo de arma de fogo.

Além de Júlio, um outro colega recebeu um tiro de raspão na cabeça e teve alta ainda na quarta-feira. O segundo, baleado na perna, foi liberado pelos médicos na quinta-feira, 6.

A escola onde o fato aconteceu também comentou com “imenso pesar” sobre a morte do aluno nas redes sociais. Pelas redes sociais, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) emitiu uma nota de pesar.

“A Seduc se solidariza à família do jovem, assim como à toda a comunidade escolar, a quem presta total apoio e acolhimento neste momento de intensa dor”, informa a postagem da Secretaria.

Ataque na escola

Na manhã da última quarta-feira, 5, um estudante de 15 anos atirou contra três colegas dentro da instituição em Sobral. A motivação, conforme relato do aluno à polícia, ocorreu porque ele sofria bullying por parte dos colegas. Após o ataque, as aulas na escola foram suspensas.

De acordo com a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), as aulas deverão ser retomadas na próxima terça-feira, 11.

A previsão é que haja uma recepção especial no retorno dos estudantes. A sala onde aconteceu o crime, segundo a pasta, deverá ser transformada em um laboratório de robótica.

O diretor da escola, Jorge Célio Coelho, disse que o estudante que realizou os ataques tinha um comportamento tranquilo. No entanto, os pais do aluno haviam sido chamados na escola anteriormente porque o filho tinha muita sonolência durante as aulas.

Ainda de acordo com informações do gestor, o estudante havia alegado que dormia tarde, porque ficava jogando jogos de tiro.

As investigações da Polícia apontam que a arma utilizada nos ataques era legalizada, e pertencia a um caçador, atirador e colecionador (CAC). No entanto, as autoridades ainda não sabem como a arma foi parar nas mãos do adolescente.

Retorno das aulas

As atividades na Escola de Ensino Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes, localizada no bairro Sumaré, em Sobral, devem ser retomadas na próxima terça-feira, 11.

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) suspendeu a rotina da escola após o ataque, mas informou que o retorno deve acontecer nesta semana.

Em entrevista ao O POVO, o diretor da escola, Jorge Célio Coelho, afirmou que a retomada das aulas será realizada com cautela e feita de uma maneira que garanta o acolhimento dos alunos e também dos professores. A ideia, segundo ele, é garantir um recomeço de "paz" e "tranquilidade".

O diretor confirmou que o espaço onde o ataque aconteceu vai passar por uma reforma e afirmou ainda que o local vai ganhar cores lúdicas, para "afastar" o "aspecto negativo" deixado pela tragédia. Alunos que usavam a sala serão transferidos para outra.

"Depois da liberação do trabalho de perícia, a sala foi limpa e ela está interditada e vai ser fechada, ninguém vai ter acesso", frisou o diretor.

Na sexta-feira, 7, a escola recebeu visita de engenheiros, que definiram como será o início das obras que vão transformar o local em um laboratório.

Outras medidas estão sendo tomadas para garantir que a comunidade se sinta mais segura. Entre elas, uma reforma da quadra da escola e o aumento do muro.

O diretor também pontuou que agentes do Comando da Polícia Militar para Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) devem estar presentes no primeiro dia de retorno das aulas, para "garantir a tranquilidade de todos". (Colaborou Gabriela Almeida)

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