Suspeito de extorsão é preso em São João do Jaguaribe

Capturado pertence a grupo criminoso responsável por homicídios e ameaças contra comerciantes da região; prisão faz parte de operação contra facções no Vale do Jaguaribe

Um homem de 18 anos foi preso durante a tarde da última terça-feira, 20, suspeito de praticar crime de extorsão no município de São João do Jaguaribe, distante 221 quilômetros (km) de Fortaleza. Indivíduo foi liberado no dia seguinte ao da prisão, na quarta-feira, 21. 

O capturado também é investigado por pertencer a um grupo criminoso atuante na região. Segundo informações da Polícia Federal (PF) no Ceará, o grupo ao qual o preso pertence é responsável por uma série de homicídios e ameaças contra comerciantes da região.

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Após a captura, o suspeito foi direcionado até a Delegacia Regional de Russas, onde os procedimentos legais foram tomados.

A prisão faz parte da “Operação Vale Blindado”, que visa combater o crime organizado na região do Vale do Jaguaribe.

Participaram da ação membros da da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco-CE) e da Delegacia de Polícia Civil de São João do Jaguaribe, com o apoio operacional da Secretaria de Ações Integradas (SAI) do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi) e do Comando Tático Rural (Cotar).

A Ficoo-CE é composta pela PF, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).

Detido foi solto no dia seguinte 

Em nota enviada ao O POVO, a defesa do detido, representada pelos advogados Diego Oliveira e Roberto da Silva, informou que ele foi solto no dia 21 de agosto, um dia após prisão.

Advogados alegam que a expedição da ordem judicial que determinou a detenção "teria se dado enquanto o réu era menor de idade", o que configuraria "ilegalidade da prisão".

"O caso se passou por uma demonstração inequívoca de que a Lei por vezes é mal aplicada em nosso cotidiano, e que falhas no código penal refletem ameaças ao sistema democrático de direito. É necessário que nós, quanto sociedade, estejamos atentos para sanar esses erros que ocorrem no judiciário, a fim de evitar que se tornem rotineiros", destacou defesa em documento. 

Atualizada às 13h25min da sexta-feira, 30

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