Operação contra organização criminosa da Região Norte cumpre 25 mandados
Terceira fase da operação Clareamento levou à prisão de, pelo menos, oito pessoas, além do cumprimento de mandado com outras três que já estavam presas
22:13 | Jul. 19, 2022
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira, 19, uma operação policial para combater uma organização criminosa atuante na Região Norte do Estado. Capitaneada pela Delegacia Municipal de Santa Quitéria, a ação cumpriu 25 mandados judiciais, sendo 19 de prisão preventiva e seis de busca e apreensão.
Essa foi a terceira fase da operação "Clareamento", que visa combater os homicídios e o tráfico de drogas naquela região, sobretudo, em Santa Quitéria. Conforme o último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), oito mandados de prisão foram cumpridos no próprio município de Santa Quitéria, enquanto outros três foram cumpridos contra pessoas que já estavam presas. Os demais alvos seguiam sendo procurados até o fechamento da matéria.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. "Além das prisões, foram realizados os cumprimentos dos seis mandados de busca e apreensão, resultando no recolhimento de aparelhos celulares que serão objetos de investigações futuras", informou a SSPDS.
Participaram da operação policiais civis do Núcleo Operacional do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPJI Norte), assim como equipes das delegacia regionais de Sobral, Crateús e Canindé e das delegacias municipais de Varjota e Sobral.
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Nas duas primeiras fases, a operação Clareamento tinha como alvo integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), grupo que "dominava" Santa Quitéria. A primeira fase da operação foi deflagrada em 13 de agosto de 2020. Dez pessoas foram indiciadas como resultado dessa ação.
Já a segunda fase da Clareamento ocorreu em 22 de outubro de 2020. Nesta ação, foram 16 alvos. Na ocasião, Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Júnior ou Doze, foi apontado como chefe da facção no município, tendo sido também preso. Entre os crimes de que é acusado estão ordens para intimidação de eleitores nas eleições municipais de 2020.
O nome da operação faz referência às pichações feitas pelos faccionados nas ruas do município com o intuito de demarcar território.