Acusado de abusar e assassinar enteada de 13 anos é denunciado
O caso aconteceu em Salitre no último dia 29 de junho; o acusado confessou o crime
O homem acusado de abusar e assassinar a enteada em Salitre no último dia 29 de junho, foi denunciado à Justiça nessa quinta-feira, 18, pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). Natanael Alves dos Santos foi denunciado pelo titular da promotoria de Justiça de Campos Sales acusado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e prática de crimes sexuais.
Conforme a denúncia apresentada pelo MPCE, o acusado matou a vítima de 13 anos após cometer uma série de crimes contra ela, como importunação sexual, exploração sexual e prática de atos libidinosos. O homem mantinha um relacionamento com a mãe da vítima desde 2021.
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Após ser preso, Natanael confessou o crime, dizendo que se aproveitou que a companheira havia saído de casa, e ofereceu dinheiro para a enteada em troca de favores sexuais. Ela matou a vítima por asfixia utilizando uma corda após uma discussão.
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Como a vítima morta, o acusado pegou as roupas da jovem para tentar simular uma fuga, levou o corpo para uma área de vegetação, e a cobriu com capas do banco do carro e com roupas e, ateando fogo no corpo.
Segundo informações do MPCE, o homicídio se deu com cinco qualificadoras, por motivo fútil, por asfixia, mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, se configurando também como feminicídio pela razão do sexo feminino da jovem e contra menor de 14 anos.
De acordo com a denúncia, há sinais de que o corpo foi esquartejado, já que os membros como tronco e cinzas foram encontrados no raio de 3 metros.
Natanael fugiu, mas foi preso no município de Serrolândia, em Pernambuco, no último dia 4 de julho. Na viatura ele tentou tirar suicídio e no hospital confessou os crimes.
Em conversa com O POVO, o promotor Tadeu Furtado, responsável pela denúncia do MPCE, disse que a incidência de crimes contra as mulheres é "algo endêmico" na região carirense. Segundo o servidor, o Ministério Público luta para mudar situação na região.
"É algo que o Ministério Público luta com muito afinco para modificar. A atuação do Ministério Público nos casos envolvendo violência contra a mulher tem recebido atenção plena e atuação imediata, seja de forma preventiva, por meio de palestras, cursos e campanhas educativas, seja de forma repressiva pleiteando-se o deferimento de medidas protetivas ou a segregação cautelar (prisão) dos sujeitos violadores desses direitos", lista.
Segundo ele, porém, ainda há um longo caminho para erradicar tais práticas. "Apesar disso, sabemos que ainda há muito a se fazer para extirpar da nossa sociedade esse tipo reprovável de violência", disse Tadeu Furtado.