Homem é preso acusado de extorquir autoridade religiosa em Quixadá
Suspeito pedia grande quantidade de dinheiro para não divulgar conteúdos íntimos da vítima. Após captura, ele declarou não possuir qualquer vídeo pornográfico
09:25 | Out. 16, 2021
Um homem foi capturado nesta sexta-feira, 15, suspeito de extorquir, por meio de mensagens no aplicativo WhatsApp, uma autoridade religiosa da cidade de Quixadá, município a 171 km de Fortaleza. De acordo com a Polícia Civil do Ceará (PC-CE), o suspeito ameaçava divulgar conteúdos íntimos da autoridade religiosa com um suposto padre da cidade. Para não divulgar os registros, ele pedia a quantia de R$ 15 mil.
A Operação denominada “Manus Dei”, que significa “Mãos de Deus”, foi conduzida pela Delegacia Regional de Quixadá. Os trabalhos investigativos tiveram início em 31 de agosto de 2021, após denúncias de que o suspeito, identificado como Fernando Araújo Bastos, de 30 anos, teria ameaçado divulgar fotos e vídeos íntimos da vítima. O crime ocorria desde 22 de agosto. Fernando não possuía antecedentes criminais.
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"Tenho todas as provas, inclusive vídeos. Vou na rádio e sei que tem mais gente envolvida. Vários vídeos de sexo explícito entre um padre e dois menores de idades", escreve o homem em conversa de texto divulgada pela Polícia. "O que o senhor me diz de comportamentos assim vindo de sarcedotes que eram para levar a mensagem da igreja, me responda", insiste.
Em investigação, a PC-CE identificou o suspeito e seu endereço. Além disso, localizou os perfis falsos em redes sociais e os aplicativos utilizados pelo suspeito para extorquir a vítima. "Fizemos a prisão do homem e a busca domiciliar para apreender os aparelhos eletrônicos utilizados pelo suspeito, além da procura pelo suposto vídeo mencionado por ele, já que o armazenamento deste tipo de conteúdo sem autorização, também resulta em responsabilização criminal”, explicou o delegado Marcos Renato, da Delegacia Regional de Quixadá.
Nenhum material pornográfico foi encontrado nos arquivos do suspeito. Em depoimento, ele declarou não possuir os registros. Além disso, afirmou que tudo era uma farsa só com o objetivo de conseguir o dinheiro solicitado à vítima.
Os agentes de segurança, no entanto, realizaram a apreensão dos equipamentos eletrônicos e farão a perícia no material para averiguar a situação. O caso permanece em investigação e a Polícia Civil apura se o homem já cometeu o mesmo crime contra outras vítimas. (Colaborou: Jéssika Sisnando)