Estudante do Interior do Ceará identifica novo asteroide em programa da Nasa
Agora, o asteroide passa pelo processo de numeração e catalogação, o que leva de três a cinco anosO céu limpo do Interior, onde se pode ver as estrelas com definição maior que na Capital, é inspiração para muitos. Inclusive para a jovem Maria Larissa Paiva e seu interesse pela Astronomia. Aos 16 anos, a moradora de Pires Ferreira participou de um programa da Nasa e encontrou um novo asteroide, nunca antes detectado.
"Era uma criança muito curiosa. Aqui o céu é muito limpo, com pouca poluição luminosa. E um dia, olhando as estrelas, perguntei à minha avó 'Mundinha' o que era alguma estrela. Ela me disse que sabia que 'aquelas três ali são as Três Marias'", conta sobre a primeira constelação que conheceu.
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Com aquilo em mente, assim que pôde ir a uma lan house, Larittrix (como é conhecida) prontamente pesquisou o que eram as tais "Três Marias". Dali seu interesse pelas estrelas e tudo o mais que existe no Universo sideral só aumentou.
Em junho deste ano, ela participou de uma “caça a asteroides” promovida pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC), programa da Nasa que busca popularizar a ciência entre estudantes. A participação foi junto com a equipe de 24 pessoas (das quais é a única cearense) do Grupo InSpace, um projeto de divulgação científica gratuita.
Com um notebook emprestado e analisando imagens disponibilizadas pela Nasa, Larissa encontrou um asteroide não detectado antes. "Para ser um asteroide, é preciso cumprir uma série de requisitos. Eu marquei mais de dez pontinhos, e o único que marquei com certeza foi para as preliminares", explica.
Agora, o asteroide passa pelo processo de numeração e catalogação pelo Minor Planet Center (em português, Centro de Planetas Menores), de Harvard. O processo leva de três a cinco anos para ser completado.
Com informações do repórter Guilherme Carvalho/ CBN Cariri
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