Nova Olinda: avó entra na Justiça para mudar nome de bebê chamado Lúcifer

Em maio de 2021, pai do bebê teria cometido um duplo homicídio contra a mãe o avô paterno das crianças; avó materna assumiu a guarda

10:03 | Fev. 03, 2022

Por: Euziane Bastos
Não há lei no Brasil que determine nomes "proibidos" para registro de crianças, contudo, fica a cargo do registrador do cartório aceitar ou negar nomear a criança cujo os pais queiram utilizar "prenomes suscetíveis de expor ao ridículo" (foto: Gil Ferreira/Agência CNJ)

No município de Nova Olinda, interior do Ceará, uma avó entrou na Justiça para modificar o nome do neto, que foi registrado com o nome Lúcifer. O motivo para a troca seria a associação do nome ao diabo. O bebê, que atualmente tem 10 meses, está sob a guarda da avó desde maio de 2021, quando foi registrado um duplo homicídio cometido pelo pai da criança contra a mãe e o avô paterno.

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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça de Nova Olinda, foi acionado pela avó e pelo Conselho Tutelar. Em junho de 2021, foi ajuizada a ação de retificação do nome da criança. Atualmente, o processo segue em segredo de justiça. 

Assassinados a machadadas

 

Segundo informações do Conselho Tutelar do município, o pai do bebê teria assassinado a sua companheira e o próprio pai a golpes de machado. O crime ocorreu na casa da família, na frente do bebê e de seus dois irmãos, filhos do casal.  "Quando o Conselho tomou conhecimento, fomos imediatamente ao local e acionamos a rede de proteção", afirmou Jeane Cardoso, conselheira tutelar de Nova Olinda.

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A guarda das crianças, desde então, ficou com a avó materna, que solicitou a mudança de nome de Lúcifer logo após o crime. "Eles estão bem, estamos sempre fazendo visitas e eles estão sendo bem tratados", completou Jeane, afirmando que o possível novo nome da criança seria Miguel.