Fuzis encontrados com organização criminosa são apreendidos no Ceará pela primeira vez

[FOTO1]A Polícia Civil do Ceará apreendeu dois fuzis calibre .50, em operação que investiga organização criminosa com atuação interestadual. O grupo seria responsável por crimes contra agências bancárias e carros-forte. Além das armas de fogo, centenas de munições calibre 5.56, 7.62 e .50, além de uma pistola calibre .40, dezenas de carregadores e coletes balísticos. Três suspeitos foram presos.

Antônio Carlos de Sousa, conhecido como “Escobar”, Manuel Alves Abelardo, 38, conhecido como "Mané", e Erismar Mariz de Oliveira, 54, conhecido como "Véio" e "Camilo", foram presos na madrugada da última quinta-feira, 9, na zona rural de Aracati. Junto a eles, foram apreendidas duas caminhonetes.

[FOTO2]Com as capturas, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) seguiu em buscas na região até chegar numa segunda propriedade, no Retiro, em Morada Nova, possivelmente utilizada como base por parte do grupo. Na fazendoade difícil acesso, a equipe de segurança foi recebidas a bala pelos suspeitos armados. Na sexta-feira, 10, os fuzis .50 foram localizados na área, além de mais de 40 quilos de emulsões explosivas e outros dois veículos. Os suspeitos conseguiram fugir.

"Recebemos informações a respeito de uma organização fortemente armada com atuação interestadual, principalmente no Nordeste. Há cinco meses iniciamos a investigação para capturá-los", explica o delegado Ricardo Romagnoli. De acordo com o delegado, esta é a primeira apreensão desse tipo de armamento realizada no Estado e pelo menos 15 pessoas integram esta organização criminosa. 

[FOTO3]Romagnoli relembra os três ataques a carros-forte no Ceará este ano (em Mombaça, São Luís do Curu e Aracati) em que foram encontrados estojos deflagrados de munição .50, sugerindo relação com o grupo. "Um dos coletes apreendidos pertencia a empresa de transporte de valores que atua em outros estados do nordeste e sofreu ataques a carros-forte este ano”, detalha. Ele aponta que, pela maneira como o material foi encontrado, os indícios mostram que o grupo estava prestes a praticar um ataque a carro-forte ou uma base de valores. 

[SAIBAMAIS]Agora, a Perícia Forense investigará a origem das armas, possivelmente estrangeiras. O trabalho de investigação da DRF segue para identificação dos integrantes foragidos e outras pessoas que fazem parte do grupo criminoso.