Raio mata 14 garrotes no Cariri
Animais foram encontrados pelo dono do sítio no dia seguinte ao ocorrido. Garrote é o termo utilizado para se referir ao boi ou vaca de até três anos de idade
Um raio matou 14 garrotes em um sítio na zona rural de Mauriti, no Cariri, após noite chuvosa na última terça-feira, 14. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o acumulado de chuva na madrugada do caso foi de 80 milímetros (mm).
As mortes foram confirmadas por Paulo Gomes, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Mauriti. O proprietário do sítio encontrou os animais na manhã da quarta-feira, 15. Ele conta que a noite chuvosa ainda teve ocorrência de descargas elétricas.
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Os animais estavam abrigados embaixo de árvores, próximos a uma cerca de arame farpado, quando foram atingidos pelo raio. Garrote é o termo utilizado para se referir ao boi ou vaca de até três anos de idade.
Em entrevista ao repórter Guilherme Carvalho, da rádio CBN Cariri, o meteorologia Danúsio Souza explicou que o raio busca um ponto mais distante possível do solo para uma descarga elétrica, como uma área ou um poste.
Assim, o fenômeno pode ter descarregado em algum ponto da cerca onde os animais estavam ou até em uma árvore próxima, espalhando-se no solo ou no arame.
“No chão molhado, por exemplo, a umidade vai dissipando essa descarga para o que estiver mais próximo. Então, os animais, que estavam próximos à cerca ou à árvore, ou até mesmo perto do ponto da descarga, foram atingidos, e a descarga é bastante alta, em torno de 10 mil volts. Cada animal foi recebendo essa descarga elétrica”, disse.
O meteorologista também destacou orientações em casos de tempestades. É necessário procurar um abrigo para não ficar exposto em áreas abertas.
Caso sair da área aberta não seja possível, a orientação é ficar agachado, quanto mais próximo ao solo melhor, para não ser um ponto de atração. Não é recomendado utilizar aparelhos eletrônicos ligados na tomada ou ficar próximo a janelas metálicas, porque tudo isso é uma atração para o raio.
“Nesse caso, esses animais deveriam estar abrigados em algum local, como um estábulo. Eles não poderiam estar ali no meio do tempo”, completou Danúsio.