Cólera dos porcos: Ceará tem casos de peste suína clássica e animais serão sacrificados

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que a doença não é transmitida para seres humanos.

11:32 | Out. 13, 2021

Por: Levi Aguiar
A infecção de Peste Suína Clássica (PSC) foi identificada no estado do Ceará, no município de Marco, em criatório de suínos para subsistência. (foto: Divulgação/Governo Federal)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou um foco de Peste Suína Clássica (PSC) no município de Marco, no Litoral Norte do Ceará. O foco ocorreu em um criatório de suínos e nove casos já foram confirmados. A propriedade foi interditada pelo serviço veterinário estadual, representado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri). O Mapa informa que a doença não é transmitida para seres humanos.

A Peste Suína Clássica também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta somente suínos e javalis. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, por meio de técnicas moleculares (RT-PCR em Tempo Real), e notificado imediatamente à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Conforme as estratégias para erradicação de focos de PSC adotadas no País, será realizada a eutanásia dos suínos envolvidos e a limpeza e desinfecção na propriedade, além de investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos. 

A ocorrência não compromete a manutenção das zonas livres de Peste Suína Clássica reconhecidas no Brasil e não implica em restrições ao comércio internacional de suínos e seus produtos. Além disso, a doença não é transmitida para seres humanos, não representando impacto na saúde pública.

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Zonas livres

 

O Ceará, juntamente com outros 10 estados (AL, AM, RR, PA, AP, MA, RN, PB, PE e PI), está localizado fora da zona livre de PSC reconhecida pela OIE. A última ocorrência da doença no Estado havia sido encerrada em outubro de 2019.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou ao O POVO que os limites entre as zonas livre e não livre da doença são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização: "Onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco são adotados continuamente para evitar a introdução da doença", informou o Mapa, por meio de nota.

A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.

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